‘Tempos Modernos’ está na programação do festival internacional Visões Urbanas

Por Alessandro Atanes

A intervenção urbana “Tempos Modernos”, realizada desde 2015 em ruas, parques e edifícios públicos da cidade de Santos, está na programação do 10º Visões Urbanas, Festival Internacional de Dança em Paisagens Urbanas, que ocorre de 31 de março a 7 de abril em São Paulo e Campinas. As duas personagens de “Tempos Modernos” vão aparecer pelas alamedas do Parque Trianon, em frente ao Masp, na Avenida Paulista, na manhã de domingo, dia 2, a partir das 9 horas. A intervenção é uma criação da bailarina Jeanice Ferreira, na qual é acompanhada por Alessandro Atanes.

Em “Tempos Modernos”, a dupla de intérpretes-criadores busca criar relações com o espaço urbano que formem contrapontos à aceleração constante da vida cotidiana. O trabalho parte do título do filme de Charles Chaplin para sugerir ao público, por contraste, manter um olhar sensível à percepção do tempo. “Desde que eu pensei em fazer o Tempos Modernos, eu pensei também em levá-lo para São Paulo, porque São Paulo tem esse impacto da vida moderna, mas eu ainda acho nela aspectos de singeleza”, conta a bailarina.

O Visões Urbanas contará também com artistas de São Paulo, Maceió, Bélgica e Japão. Em 2017, o festival será realizado em homenagem ao coreógrafo Jorge Schutze, falecido no ano passado. Criado em 2006 pelos artistas∕pesquisadores Mirtes Calheiros e Éderson Lopes, o festival já contou com artistas de vários estados do Brasil e países como Portugal, Espanha, França, Argentina, Uruguai, Turquia, EUA, Cuba, Alemanha, Bélgica e Itália.

O festival integra ainda a rede de festivais CQD ⌁ cidades que dançam, conectando por meio da dança São Paulo a Lisboa, Barcelona, Valparaíso, Manchester, Genova, Rio de Janeiro, Zurich, Havana e Alegrete, entre outras. “É um festival que eu gostaria que ocorresse em Santos também, para que a cidade passasse a fazer parte dessa rede de cidades que dançam”, comenta Jeanice.

 

Vem aí a oficina ‘Coco de Toré e o Mistério da Dança Circular Anti-Horária’

Por Garrafada

Neste sábado, das 14h às 18h, acontece a oficina ‘Coco de Toré e o Mistério da Dança Circular Anti-Horária’, na sede do Projeto Quiloa (Av. Mário Covas, 2414, Estuário/Santos). Garrafada que não se aguenta nas oportunidades e encontros da vida, retorna de levinho para trazer a Santos Nilton Junior , do grupo Coco de Toré Pandeiro do Mestre (PE), para ministrar tal oficina.

Passaremos uma tarde com esse mestrão professor, vivenciando e ouvindo estórias e desvendando os mistérios e saberes ocultos das danças tradicionais afro-ameríndias! O encontro será na Sede Porto do Quiloa Maracatu, e, como a gente gosta mesmo é de celebrar a vida, após a oficina desembocamos na celebração e encerramento do ano do Quiloa, parcerasso do Garrafada!

A energia de troca é de R$ 20. Diferente do costume, faremos essa cobrança simbólica para participação da atividade para que possamos arcar com os custos da vinda desse grande Mestre da Cultura Popular que vem compartilhar seus saberes conosco! Convidamos a todos que venham aproveitar essa oportunidade única e especial, a arrecadação será revertida para arcar com as passagens e custos gerais da vinda desse querido Mestre! Temos certeza que será uma experiência única para todos que sentirem o chamado!

Nilton Junior

Músico, cantor, compositor, arranjador, produtor e diretor musical. Iniciou suas atividades em 79, participando de festivais competitivos de música. Transita como compositor e instrumentista, por diversos gêneros musicais, que vão desde a musica regional de raiz, até á musica instrumental, passando pela MPB, gênero que exerceu grande influência em sua composição na obra de artistas da velha bossa, como por exemplo, o cantor e compositor, Ataulfo Alves.

Autor de várias trilhas sonoras originais para peças teatrais e espetáculos de dança popular. Dedicou-se já nos anos 80, a uma pesquisa da cultura e musicalidade dos povos indígenas de vários países. Na década de 90 (início do movimento mangue), em Recife, foi co fundador da banda Alma em Água, lendária banda pernambucana que trabalhava uma música instrumental com fortes referências indígenas.

Com esta banda, realizou intensa atividade de shows no Brasil e no final da decada de noventa, uma grande tour pelos EUA, tocando, de costa a costa, passando por 15 cidades. Entre elas: Madson, Seattle, New Orleans e El paso. Integrou logo em seguida a terceira formação do grupo Chão e Chinelo, para o qual realizou, com o pesquisador, musico e compositor, Rodrigo Caçapa, um de seus parceiros nesse grupo, a co direção musical do primeiro e único CD, Loa do Boi Meia Noite, que, na época, teve ótima aceitação de público e crítica.

Com o Chão e Chinelo, excursionou no inicio dos anos 2000 pela Europa, tendo passado pela França, Portugal, Bélgica, entre outros. Fundou paralelamente o Coco de Toré Pandeiro do Mestre, resultado natural de seu aprofundamento nas raízes indígenas do coco. Palestrante e oficineiro da cultura ancestral brasileira, realiza essas atividades como palestrante e educador, desde os tempos do Alma em Água. Tendo realizado oficinas em vários países.