Autoras brasileiras são homenageadas em sarau neste sábado

Por Clara Sznifer
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As autoras Adélia Prado, Alice Ruiz, Cecília Meireles, Cora Coralina e Hilda Hilst terão suas vidas e obras homenageadas no Sarau Um Autor na Ciranda Poética, que ocorre neste sábado (4/nov) de modo gratuito às 15h30, na Aliança Francesa de Santos (Rua Rio Grande do Norte, 98/Santos).
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O projeto é realizado mensalmente aos primeiros sábados do local, sempre em relação de pesquisa de vida e obra de um escritor consagrado. O evento tem a coordenação literária assinada por Clara Sznifer e a coordenação musical por parte de Roberto Soares, com apoio cultural da própria Aliança Francesa de Santos.
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Adélia Prado (1935) é uma escritora e poetisa brasileira. Recebeu da Câmara Brasileira do Livro, o Prêmio Jabuti de Literatura, com o livro “Coração Disparado”, escrito em 1978. Mineira de Divinópolis, sua obra recria numa linguagem despojada e direta, a vida e as preocupações dos personagens do interior mineiro.
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Já Alice Ruiz (1946) é uma poetisa e compositora brasileira. Com mais de 20 livros publicados, tem seus poemas traduzidos e publicados em diversos países. Por sua vez, Hilda Hilst foi uma poeta, ficcionista, cronista e dramaturga brasileira. É considerada pela crítica especializada como uma das maiores escritoras em língua portuguesa do século 20.
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Ainda, Cecília Meireles (1901-1964) foi poetisa, professora, jornalista e pintora brasileira. Foi a primeira voz feminina de grande expressão na literatura brasileira, com mais de 50 obras publicadas. Com 18 anos estreia na literatura com o livro “Espectros”. Participou do grupo literário da Revista Festa, grupo católico, conservador e anti-modernista. Dessa vinculação herdou a tendência espiritualista que percorre seus trabalhos com frequência.
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Por fim, Cora Coralina (1889-1985) nasceu na cidade de Goiás, no dia 20 de agosto de 1889. Seu nome de batismo era Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas. Tornou-se doceira, ofício que exerceu até os últimos dias de sua vida. Famosos eram os seus doces de abóbora e figo.

Mia Couto é homenageado em sarau poético em Santos

Por Clara Sznifer

O autor Mia Couto é o grande homenageado na nova edição do sarau ‘Um autor na ciranda poética’. O evento será neste sábado (dia 14), ás 15h30, na Aliança Francesa de Santos (R. Rio Grande do Norte, 98/Santos). Entrada franca.

Com coordenação literária de Clara Sznifer e musical de Roberto Soares, a iniciativa conta com apresentações de poemas, músicas, vídeos e comentários sobre a obra do escritor moçambicano. Antônio Emílio Leite Couto, mais conhecido por Mia Couto, nasceu em 5 de Julho de 1955 na cidade da Beira em Moçambique. É filho de uma família de emigrantes portugueses.

Mia Couto é um “escritor da terra”, escreve e descreve as próprias raízes do mundo, explorando a própria natureza humana na sua relação umbilical com a terra. É o único africano que é membro da Academia Brasileira de Letras, como sócio correspondente. Atualmente é o autor moçambicano mais traduzido e divulgado no exterior e um dos autores estrangeiros mais vendidos em Portugal.

As suas obras são traduzidas e publicadas em 24 países. Várias das suas obras têm sido adaptadas ao teatro e cinema. Tem recebido vários prêmios nacionais e internacionais, por vários dos seus livros e pelo conjunto da sua obra literária.

É, comparado a Gabriel Garcia Márquez e Guimarães Rosa. Seu romance Terra sonâmbula foi considerado um dos dez melhores livros africanos do século 20. Em 1999, o autor recebeu o prêmio Vergílio Ferreira pelo conjunto de sua obra e, em 2007 o prêmio União Latina de Literaturas Românicas.

 

Martins Fontes é o homenageado no Sarau Um Autor na Ciranda Poética

Por Clara Sznifer

O projeto Sarau ‘Um Autor na Ciranda Poética’ homenageia o escritor Martins Fontes neste sábado (dia 5), às 15h30, na Aliança Francesa de Santos (Rua Rio Grande do Norte, 98/Santos). O evento tem coordenação literária de Clara Sznifer e coordenação musical de Roberto Soares.

Curta-metragem

Um dos destaques é a exibição do filme ‘Como é Bom Ser Bom’. Trata-se de um curta-metragem que mostra um episódio da vida do médico e poeta santista José Martins Fontes (1884 – 1937). Com idealização do cineasta santista Carlos Oliveira e do ator Osvaldo Araújo, aborda o caso em que Martins Fontes realizou, em seu consultório particular, o tratamento de uma grave doença de uma senhora que não tinha condições financeiras de pagar as consultas.

Ferreira Gullar tem homenagem póstuma em sarau na Aliança Francesa

Informações de Clara Sznifer

Falecido em dezembro, o escritor Ferreira Gullar (1930-2016) é o homenageado no Sarau: Um Autor na Ciranda Poética, neste sábado (dia 4), às 15h30, na Aliança Francesa de Santos (R. Rio Grande do Norte, 98, Santos). Com coordenação literária de Clara Sznifer e coordenação musical de Roberto Soares, o evento terá documentários e vídeos artísticos, abordará canções, poemas e a biografia do artista. Entrada franca.

Gullar, junto a outros nomes como Bandeira Tribuzi, Lago Burnet, Luci Teixeira, José Sarney, José Bento, entre outros autores, compunha um grupo literário disseminado para outros locais do Brasil por meio da publicação que apresentou o movimento pós-modernista ao Maranhão, a revista Ilha, que Gullar ajudou a fundar. Sua fama se deve a sua prolífica produção em diversos campos artísticos ao longo de mais de 60 anos, nos quais o poeta pode vivenciar e participar dos acontecimentos de maior relevância no que se refere à poesia do país.

Ferreira Gullar foi um dos principais nomes da poesia concreta. Na época, morava no Rio de Janeiro e produziu material bastante inovador. Um exemplo disso são seus poemas gravados em placas de madeira. Em 1956, foi um dos expositores de um evento concretista tido como o primeiro marco da poesia concreta no Brasil. Porém, três anos depois, Gullar se afastou dos concretistas para criar, ao lado de Hélio Oiticica e Lígia Clark, o movimento neoconcretista.

Entre as principais características deste novo movimento estavam a subjetividade e valorização da expressão, que se opunham às ideias do concretismo ortodoxo. Na década de 60, Ferreira Gullar acaba se afastando do grupo do neoconcretismo. Segundo ele, tal movimento acabaria com o vínculo entre a poesia e a palavra. Desta forma, passa a fazer poesia com temas políticos e se envolve com os CPCs – Centros Populares de Cultura.

Obra de Fernando Pessoa é foco de sarau na OC Pagu

Mensalmente a Oficina Cultural Pagu promove um novo sarau que é coordenado pela ativista cultural e professora Clara Sznifer, e tem como objetivo principal desvendar a obra de um poeta relevante do nosso idioma, de uma maneira lúdica e interativa. Tudo é feito através da exibição de pequenos documentários, imagens, textos, comentários e leitura de poemas, intercalado por belas canções que se relacionam com a temática do escritor, na voz do músico santista Roberto Soares.

Ao final de cada evento, o público presente é convidado a compartilhar suas poesias autorais. Para o mês de fevereiro, o sarau aborda a obra do grande de Fernando Pessoa. O poeta e autor português Fernando Antônio Nogueira Pessoa, mais conhecido como Fernando Pessoa, nasceu na capital portuguesa, Lisboa, no dia 13 de junho de 1888.

Ele é, sem dúvida, um dos mais importantes poetas do idioma português e da literatura planetária, comparável somente a Luís de Camões. Uma característica marcante de Pessoa são seus heterônimos, identidades construídas pelo poeta e estudadas até hoje pelos pesquisadores, os quais ainda não alcançaram uma compreensão unânime destas várias personalidades ou facetas do escritor.

Seus heterônimos não são meras criações; cada um deles detém uma psique própria e um comportamento definido, os quais se reafirmam autenticamente por meio de sua expressão artística intrínseca e distinta da maneira de agir do autor Fernando Pessoa, o qual é considerado, em sua produção literária, o ortônimo, ou seja, a personalidade primitiva. As personalidades mais famosas e com maior produção literária são Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro, os três retratados em uma biografia individual, com data de nascimento e de morte – Ricardo, excepcionalmente, não tem uma data estabelecida para o fim de sua existência.

Um quarto nome significativo pode ser adicionado a esta lista, o de Bernardo Soares, criador do célebre Livro do Desassossego, um dos livros mais importantes do autor. Mas Bernardo não é visto exatamente como as demais faces de Pessoa, pois tem muitas características similares às do poeta e não tem uma história pessoal; assim, é classificado pelos estudiosos como um semi-heterônimo.

Serviço:

Sarau: “Um autor na Ciranda Poética” Fernando Pessoa em foco.
Dia 27/2 – sábado
Horário: 15h30 horas
Entrada Franca
Local: Oficina Cultural Pagu – Rua: Espírito Santo, 17 – Campo Grande – Santos.
Informações: 32192036/ 32191741

*Ricardo Vasconcellos