Palácio das Artes recebe workshop e teatro ‘O Abajur Lilás’ nesta sexta

O Palácio das Artes (Avenida Presidente Costa e Silva, 1600/Praia Grande) recebe programação gratuita em tributo a Plínio Marcos nesta sexta-feira (dia 12), desenvolvida em parceria pela Secretaria de Estado da Cultura (workshop via Oficinas Culturais – Poiesis e apresentação teatral através do Circuito Cultural Paulista – Associação Paulista dos Amigos da Arte) e apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. Ambas as atividades percorrerão outros municípios de São Paulo.

Workshop: A dramaturgia de Plínio Marcos – Concepção de Direção
Sexta-feira | 12/ago | 14h às 16h40 | Inscrições até dia 11 no Palácio das Artes

As Oficinas Culturais escolheram a dramaturgia de Plínio Marcos como tema de workshop itinerante com a oficina A dramaturgia de Plínio Marcos – Concepção de Direção. Os cursos serão coordenados pelo diretor Tanah Corrêa em sete cidades paulistas. As aulas serão divididas em três etapas: introdução sobre a importância de Plínio Marcos no teatro brasileiro; leitura da peça “Quando as Máquinas Param” e exercícios práticos de encenação do texto; e apresentação das cenas desenvolvidas no processo.

Plínio Marcos, nascido em Santos, atuou como escritor e jornalista, além de exercer uma sólida atuação nessas áreas, também revolucionou os padrões dramaturgia brasileira. Possuía um senso crítico aguçado para lidar com determinados assuntos, principalmente, os temas que envolviam exclusões sociais. Os participantes do workshop receberão ingressos para assistir “O Abajur Lilás”, espetáculo dirigido também por Tanah Corrêa e que será apresentado após o workshop, à noite. Serão oferecidas 30 vagas.

Teatro: O Abajur Lilás (texto de Plínio Marcos)
Sexta-feira | 12/ago | 19h30 | Entrada franca

Um retrato fiel de uma das peças mais importantes e mais censurada de Plínio Marcos, ‘O Abajur Lilás’, escrita em 1969, conta a história das prostitutas Dilma, Célia e Leninha, exploradas pelo homossexual Giro, dono do mocó em que toda a ação se desenvolve. Um elenco todo santista foi a forma escolhida para homenagear a naturalidade do dramaturgo: Nuno Leal Maia (Giro), Orleyd Faya (Dilma), Rosane Paulo (Célia), Monica Camillo (Leninha) e Renato Fernandes (Osvaldo). A direção geral é de Tanah Corrêa e a produção executiva de Ludmilla Corrêa.

Embora dividam o mesmo quarto e a mesma sórdida realidade, as três mulheres pouco têm em comum na maneira de lidar com a arbitrária dominação de Giro, cafetão que para mantê-las sob controle se vale da violência praticada pelo truculento e impotente guarda-costas Osvaldo. Dilma, – mãe de um filho -, vive torturada em sua mal contida submissão, procurando adaptar-se para não perder o mínimo de que dispõe para seguir em frente.

A reação de Célia é impulsiva e desordenada, lutando incansável e visceralmente por sua independência, em permanente confronto com Giro. Quanto à novata Leninha, profundamente individualista, ela sobrevive às custas das pequenas e ilusórias regalias que busca obter do cafetão. Num ambiente hostil e degradado, um abajur – propositadamente quebrado – deflagra o fatal conflito que, num crescendo contínuo de violência e sadismo, conduz a trama ao implacável final.

*Informações de Oficinas Culturais/O Abajur Lilás