Sesc Santos abre programação para Virada Cultural Paulista

A Virada Cultural Paulista é realizada pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo em parceria com as Prefeituras envolvidas, com o SESC-SP e com o MIS – Museu da Imagem e do Som, que oferecerá programação especial de acordo com o interesse e especificidades de cada município. Nessa edição, a Secretaria também está buscando ampliar a participação dos municípios na configuração dos palcos internos, com o objetivo de garantir maior visibilidade para a produção local e integrar também os palcos paralelos à programação oficial, tornando o evento cada vez mais abrangente.

O Sesc em São Paulo estará em 11 das 23 cidades que integram a Virada Cultural Paulista. Em Santos, cerca de nove atividades compõe a grade entre os dias 30 e 31 de maio. Toda a programação é gratuita e os ingressos estão limitados a dois por pessoa e podem ser retirados no dia de cada evento, a partir das 10h.

Sábado, às 18h | Guia Improvável para Corpos Mutantes
01A habilidade das crianças em pensar o corpo, reinventando-o, tanto ao representá-lo em desenhos e esculturas quanto ao brincar, facilmente mudando de identidade, de tamanho, de forma, foi ponto de partida para um espetáculo que, através da ideia de manuais e guias com orientações, busca jogar com os sentidos possíveis e criar um universo imaginário e lúdico para o corpo que dança. Seguindo esse caminho, criaram-se artifícios para assumir outros rostos, para reconfigurar o corpo, para mover-se diferentemente… O tema é bastante presente no universo infantil e caro ao grupo, artística e filosoficamente: o corpo como condição de possibilidade de se reinventar. Concepção e direção: Airton Tomazzoni.

Sábado, das 18h40 às 21h | Jam de Danças Urbanas
Improvisação de estilos de Danças Urbanas como o BBoying, Popping, Locking e Wacking.

Sábado e domingo, das 22 às 10h | Workshop Fuso 10
Tensionada a relação corpo-tempo, a ação propõe potencializar uma arte invasiva. Em vez de um corpo descansado, pela manhã, no despertar do dia; um corpo exaurido passa a ser observado e potencializado. Das 22h às 10h do dia seguinte, o criador Paulo E. Azevedo lança experiências para 10 artistas. Dança? Performance? Teatro físico? “Sarau do corpo”? Espaço de sensações? O processo é regido pela música de Filipe Itagiba que atua como DJ E VJ. Sala 32. Seleção Enviar uma carta de motivação ou gravação de vídeo, para o email liliane@santos.sescsp.org.br . O participante deverá ter disponibilidade para participação durante o tempo integral da proposta. Ao término será realizada uma performance na Convivência.

Sábado e domingo, das 22h às 0h30 | Virada Zen – Com Sidarta e Jiva Tribal
02É uma festa fundamentada na vontade de unir diferentes propostas de dança e música em um ambiente de festa e contemplação, ao mesmo tempo em que promoverá o encontro com diferentes culturas. Para compor esta programação, convidamos as bandas Sidarta, – que abrirá a noite apresentando um espetáculo que abrangerá as várias vertentes da expressão musical de parte das filosofias espirituais humanas, composições próprias inspiradas em orações tradicionais e em canções de domínio público, além de arranjos instrumentais que passeiam por diversos estilos: xote, pop, samba ao rock, etc; e a Jiva Tribal – Música Multiétnica Brasileira, que utiliza instrumentos étnicos como o didgeridoo, flauta nativa americana e djembê para criar ritmos que promovem o envolvimento dos sentidos. A performer Poliana Nataraja, apresentará a dança da Alma que manifesta o movimento do Universo em uma experiência sensorial- motora–espiritual; já na apresentação de Marília Fernandes, o arcabouço de diversas culturas do grupo linguístico banto é trazido para o âmbito do festejo.

Domingo, às 10h30 e às 17h | Gotas – Instalação Visual de Dança
Gotas é uma instalação visual de dança. Uma ocupação em que uma lenta e suave criação de imagens através de corpos suspensos, que estão “encausulados” em tecidos, alude à poética do germinar. Um sutil, porém constante e significativo sistema hidráulico rega os performers gota a gota, enquanto estes experimentam o estado de permanência do feto e a plasticidade da placenta, construindo em uníssono poses delicadas que são permeadas por danças minuciosas. Intimista, a dança propõe relações entre o “germe” dos mamíferos e o “útero” dos vegetais, onde seres humanos “brotam e são cultivados” pelo próprio público, que têm a chance de interagir com a instalação. Esta analogia poética entre os sistemas reprodutivos dos seres humanos e dos vegetais proposto pela obra, nasce da reflexão sobre o conceito de textos Védicos que abordam os elementos constitutivos da matéria – o ar, fogo, água, terra e éter – aproximando todos os seres vivos (inanimados ou não) de uma mesma origem em comum. Diretamente conectada à natureza, Gotas é um convite à pausa, ao descanso e transcendência do olhar, para que mesmo em nossa vida urbana, acelerada e desenfreada, sejamos capazes de cultivar/enxergar a humanidade e a dança que está o tempo todo ao nosso redor. Com Coletivo Maya Lila.

Domingo, às 13h | Jogos de Transportar
Jogos de transportar surgiu como um exercício para a pesquisa das possibilidades de equilíbrios entre dois corpos. Nesta intervenção, a artista permanece o tempo inteiro sobre o corpo do parceiro sem nunca poder tocar o chão: os dois se deslocam pelo espaço seguindo sempre esta regra. A pesquisa tem referência no circo e na dança: contato improvisação e equilíbrios acrobáticos. Com Diego Esteves e Fernanda Boff . 50min.

Domingo, das 14h30 às 15h30 | Danças Circulares dos Povos
03Dançar em circulo, dar as mãos, olhar nos olhos, conhecer e viajar a outros lugares e países. Tudo isso é possível através das danças circulares: Peru, Escócia, Inglaterra, Finlândia, Russia, Irlanda, Brasil são alguns dos países por onde esta dança pode levar e ainda ultrapassar fronteiras por meio de músicas, ritmos e gestos característicos que fortalecem o reconhecimento de brasilidade e riqueza cultural. Com Fátima D’abreu.

Domingo, às 16h | Aula: Samba de lá, samba de cá
As diversas culturas do grupo linguístico banto na diáspora nas Américas contribuíram para a formação de um corpo brasileiro. Um exemplo são as palavras disemba, masemba e semba que hoje dão nome genérico – samba – a várias performances afro-brasileiras como o batuque, o coco e o jongo. Essas danças e suas especificidades de jogo serão resgatadas nos corpos dos participantes da oficina. Com Marília Fernandes.

Domingo, às 17h | Sanfonias
“Flor Amorosa”,”Odeon”,“Tico-Tico no Fubá”, “Brasileirinho” são alguns dos clássicos do chorinho brasileiro que integram o repertório do grupo Sanfonias. Há mais de oito anos fazendo releituras de chorinhos tradicionais, a banda foge à formação convencional das antigas rodas de choro, dando destaque especial à sanfona acompanhada de cavaquinho, violão e percussão. Os arranjos proprios do grupo, misturam música latino-americana ao gênero brasileiro. Com Lourdes Degani (sanfona), Nelson Cardoso (percussão), Joãozinho 7 Cordas (violão) e Fabiano Pires (cavaquinho).

Domingo, às 18h | Pai – Direção Antonio Nóbrega

©SilviaMachado/AntônioNóbregaCiadeDança
©SilviaMachado/AntônioNóbregaCiadeDança

Em Pai, Antonio Nóbrega aprofunda sua pesquisa em torno de uma dança brasileira contemporânea resultante do diálogo criativo entre o imaginário corporal popular brasileiro e o universo de procedimentos e princípios técnicos desenvolvidos pela dança ocidental. O espetáculo também traz à tona dois temas que se mesclam: a presença do lúdico e a ausência do arquétipo paterno na arte e cultura brasileiras. A música do espetáculo é uma criação conjunta de Nóbrega com os jovens compositores e músicos Leo Gorosito e Rafael Alberto. A coreografia é uma criação coletiva produzida por ele, sua assistente Letícia Doretto e os demais bailarinos da companhia — Alisson Lima, Antonio Meira, Flaira Ferro, Letícia Doretto, Luciano Fagundes, Maria Eugênia (Marina Abib) e Mika Rodrigues. A Iluminação é de Marisa Bentivegna e os figurinos de Eveline Borges. A direção fica a cargo do próprio Nóbrega.

*Sesc Santos