Ricci Filmes promove ‘Café Aroma Cine’ e ‘Santos Noir’

A gastronomia, o cinema e a música se misturam nas novas ações da Produtora e Startup Ricci Filmes. “Hoje como pesquisador e realizador de cinema expandido, vejo uma grande avenida a minha frente, com muitas esquinas e grandes encruzilhadas, mas todas ricas de caminhos grávidos de um cinema cheio de vida e transgressor”, destaca Eduardo Ricci. Por isso, ele organiza este mês o ‘Café Aroma Cine’ e o ‘Santos Noir’.

No dia 18, das 16 às 18 horas, o Café Aroma Cine será realizado gratuitamente no Museu do Café (Rua XV de Novembro, 95/Santos). A atividade conta com cenas de Leon Moreno, o barista Allyson Ramos e música ao vive com Alice Mesquia, Adinan Moraes e o próprio Ricci como VJ. Já no dia 30, às 20h, filmes serão exibidos em jantar às escurtas, no Restaurante Fernando Pessoa (Rua Dom Lara, 38/Santos). As reservas são de R$ 90. Informações: (13) 99171-7463 ou cinericci@yahoo.com.br. Segue abaixo o depoimento publicado por Ricci sobre os eventos.

Um gole de cinema em gotas de paixões pela vida

02Um novo live cinema para celebrar vinte anos de cinema como prática social, o que isso pode significar? Para mim mais do que a metade de tudo que sou. Há muito tempo decidi viver de cinema, imaginando que no Brasil seria quase impossível, mas aos 14 anos tomei essa decisão. Desde então comecei a estudar cinema e a trocar cartas com cinéfilos de todo o país, sim, naquela época a Internet não era tão popular como hoje e a carta era meu único meio de vencer as distâncias continentais.

O primeiro trabalho que realizei sobre o cinema cultural só aconteceu cinco anos depois, em abril de 1995, foi um mini curso sobre a história e a linguagem do cinema, num espaço alternativo de arte, em Vicente de Carvalho, distrito de Guarujá, litoral de São Paulo. Alguns meses depois, montei uma exposição para celebrar os 100 anos de criação do cinema, desde então, ano a ano foram realizados inúmeras atividades socioculturais para divulgar a sétima arte como expansão daquilo que já somos e podemos vir a ser.

Assim comecei a entender o que era um cinéfilo, esse ser apaixonado em revisitar filmes e grandes cineastas, às vezes incompreendidos e não muito amados pelo grande público, mas importantes realizadores da arte cinematográfica. Mergulhei nos universos de Truffaut, Kubrick, Hitchcock entre tantos outros que mostraram para mim novos caminhos para ser e pensar o mundo além da tela retangular.

03Três anos depois, já como aluno de jornalismo na Universidade Santa Cecília, organizei o primeiro encontro de cinema da Unisanta, dessa ação nasceu em 24 de março de 1999, o Cineclube Lanterna Mágica, com apoio da Instituição e participação de alunos e professores universitários. Percebi, desde então, que somos compostos de muitos outros e o quanto é transformador compartilhar a arte das imagens em movimento. Então aos 22 anos materializei um sonho, viver de cinema.

Hoje já como pesquisador e realizador de cinema expandido, vejo uma grande avenida a minha frente, com muitas esquinas e grandes encruzilhadas, mas todas ricas de caminhos grávidos de um cinema cheio de vida e transgressor, com as possibilidades de fazer e projetar filmes além das linhas retangulares de uma simples tela branca.

01O público do cineclube mudou, expandiu e para acompanhar essa mudança, levo o cineclubismo como VJ em restaurantes, cafeterias, museus, teatros, praças ou em qualquer lugar possível de ver vida pulsante projetada numa superfície ávida em refletir nossos medos, desejos e anseios. Assim é o cinema que me habita, desde os sete anos de vida.

Para continuar a expansão na pesquisa e realização do cinema em tempo real, realizo este ano, dois novos live cinema, o “Café Aroma Cine” e o “Santos Noir”. Ações com imersão e provocações para levar o público a experimentar cinema com todos os sentidos. Muito mais está por vir, apaguem as luzes e abram bem os olhos. Evoé!

*Eduardo Ricci