Museu do Café traz várias atividades neste verão

Por Secult Santos
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Janeiro traz opções de diversão para a criançada no Museu do Café, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, que realiza mais uma edição do Espaço Café com Leite, com capacidade para atender 40 pessoas (criança e acompanhante), com faixa etária de zero a 10 anos. A programação ocorre de 3 a 28 de janeiro, das 11h às 17h. De quarta-feira a domingo são oferecidas atividades com piscina de bolinhas, fantasias, pula-pula e jogos educativos.
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O Cafezalzinho, projeto iniciado em janeiro de 2017 e que se tornou parte da programação, permitirá a vivência do dia a dia de uma fazenda. De forma lúdica, as monitoras ensinarão sobre as etapas de uma plantação de café abordando desde o cultivo, colheita, secagem até a torra. Roteiros às 12h, 13h, 14h, 15h e 16h.
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Nos sábados e domingos, a programação traz atividades envolvendo o preparo da bebida, artes e música. Nos dias 6 e 13, os baristas do Centro de Preparação de Café ministrarão a Oficina Minibarista, às 15h, apresentando, didaticamente, a extração da bebida, onde os pequenos poderão desenhar com chocolate em pó ou em calda. Para participar é necessário se inscrever gratuitamente pelo e-mail inscricao@museudocafe.org.br. A faixa etária é de 5 a 10 anos.
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Desenvolvendo o potencial artístico a partir de técnicas de desenho e pintura, o Atelier Calixto, promovido pelo Núcleo Educativo do Museu, acontece nos dias 7 e 21, às 10h30. A criançada a partir de 5 anos poderá criar e colorir ilustrações do palácio da antiga Bolsa Oficial de Café. Ainda no dia 7, os Educadores realizarão um teatro de fantoches, às 15h30. É necessário se inscrever para ambas atividades pelo e-mail educativo@museudocafe.org.br.
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Completando a programação do dia 21, o Musicando com Café aborda o tema principal da instituição por meio da musicalização, às 15h30. As inscrições gratuitas para a atividade, direcionada às crianças a partir de 5 anos, são feitas pelo e-mail educativo@museudocafe.org.br.
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Studio Photo Café é novidade
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O Museu do Café também inaugura nesta quinta-feira (21), o Studio Photo Café, um estúdio fotográfico temático com a moda dos anos 20. Em uma viagem no tempo à década em que o palácio da antiga Bolsa Oficial de Café começou a sediar as negociações do produto, os visitantes poderão vestir roupas de época e acessórios.
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As fotografias, impressas na hora, terão o formato 15x20cm. Custam R$ 40,00. A partir da segunda unidade, cada foto adicional custará R$ 30,00. O espaço, localizado ao lado da Lojinha do Museu, funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 18h (incluindo os feriados).
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O Museu do Café fica na Rua XV de Novembro, 95, no Centro Histórico de Santos. Abre de terça-feira a sábado, das 9h às 17h, e nos domingos, entre 10h e 17h. Os ingressos para visitação custam R$ 10,00. Estudantes e pessoas com mais de 60 anos pagam meia-entrada. Aos sábados, a visitação é gratuita. Outras informações estão disponíveis no site http://www.museudocafe.org.br.

2º Bravo! Festival de Música Orquestral de Santos acontece dia 18

Por Secult Santos
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O 2º Bravo! Festival de Música Orquestral de Santos, realizado pelo Departamento de Formação e Pesquisa Cultural (Deforpec), da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), leva ao Museu do Café (Rua XV de Novembro, 95, no Centro Histórico) o Concerto de Música de Câmara. A apresentação ocorre no sábado (18), às 16h. A entrada é gratuita.
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O concerto será apresentado pelos bolsistas vencedores do concurso Música de Câmara Bravo! e terá as participações especiais de Regina Schlochauer, Leandro Pires, Rômulo Moreira e do Conjunto Sênior de Violões, coordenado pelo violonista e professor Francisco Pupo.
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No repertório estão obras de Mozart, Pixinguinha e Hendel, além da canção ‘Thunder’, composta pela banda Nuttin But Stringz, com arranjo do violinista da Orquestra Sinfônica Municipal de Santos (OSMS), Murilo Farias.

Cinema ao vivo com aroma e sabor de café neste dia 25

Por Eduardo Ricci
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Uma deliciosa mistura para promover experiências em torno do café, da comida, do cinema imersivo e da boa música. Assim é o Café Soul Blues, uma cine imersão sobre a memória afetiva na cultura do café a partir de seus aromas, sabores e da experiência do cinema ao vivo. A estreia acontecerá dia 25 de novembro, às 16h, no Museu do Café (Centro Histórico de Santos/SP), ingressos a R$ 35,00.
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A história central se passa nos dias atuais, mas convida o espectador a reconstruir a memória de uma cantora que desapareceu em 1922, na tarde de inauguração do imponente prédio da Bolsa do Café. O público ajudará a descobrir o misterioso sumiço e a reconstruir a memória afetiva da cantora, durante um delicioso passeio pelo Museu do Café, onde serão servidos alimentos surpresas e harmonizados com diferentes tipos de café.
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Haverá live cinema, instalações sensoriais, cine performance e realidade virtual. Tudo integrado com a paisagem sonora com Jazz, Soul e Blues ao vivo, com Alice Mesquita, Adinan Moraes, Johnny e Bruno Robalo. Realização da Ricci Filmes em parceria com o Museu do Café e apoio cultural da Vídeo Paradiso, Universidade Santa Cecília e Fórum da Cidadania de Santos.
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Os interessados podem comprar o ingresso nos locais descritos abaixo ou fazer sua reserva com antecedência via transferência bancária. As inscrições terminam em 20 de novembro ou até completar as 40 vagas disponíveis. O valor é de R$35,00 e dará ao espectador o direito de participar das ações durante o filme ao vivo, a degustar dois cafés de sabores diferentes, um pedaço de bolo e um croissant. A pré-reserva pode ser pelo e-mail: cinericci@yahoo.com.br ou telefone: (13) 98230-4599, falar com Eduardo Ricci.
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Locais de venda do ingresso:
Museu do Café (Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico, Santos/SP – Tel.: 3213-1750)
Estação da Cidadania (Avenida Ana Costa, 340 – Campo Grande, Santos/SP – Tel.: 3221-2034)

Cadeia Velha: Governo de SP anuncia municipalizar espaços das oficinas culturais

Por Lincoln Spada | Foto: Sander Newton

Bem verdade que a Prefeitura de Santos ainda não foi notificada oficialmente sobre uma possível parceria para gerir o Centro Cultural Cadeia Velha. Assim, enquanto a Prefeitura não se posiciona sobre o caso, o Governo Estadual já oficializou aos veículos de comunicação sobre o destino das oficinas culturais do interior e litoral paulista, entre elas, a Oficina Cultural Pagu. A proposta é que os prédios sejam municipalizados em troca de atividades estaduais eventuais e itinerantes.

>> Prefeitura não pretendia municipalizar o prédio
>> Prédio estadual fechará dia 16 de dezembro

Neste dia 28, a Secretaria de Cultura do Estado anunciou à TV Santa Cecília: “O programa passa apenas por uma mudança administrativa, que tem justamente o objetivo de gerar economia de recursos sem prejudicar o atendimento à população. Em vez de gerido por uma Organização Social [Poiesis], o programa passará a ser realizado em espaços municipais e em convênio com as prefeituras, que conhecem melhor do que ninguém cultura e necessidades locais”.

A mesma nota foi publicada em jornais de Limeira, São José do Rio Preto, São Carlos e Araraquara. Já em Ribeirão Preto, a própria secretária de Cultura, Dulce Neves, aceitou a decisão do convênio. “Fui informada que as oficinas no estado de SP não serão fechadas e sim, haverá negociação para uma parceria entre Estado e Município, como convênio para que a Secretaria de Cultura faça a gestão da oficina cultural, a fim de garantir sua permanência, abrangência e democratização do acesso”. Também serão desativadas as sedes de Presidente Prudente, Marília, Sorocaba, São José dos Campos e Iguape.

Garantia de quatro meses

Fechada por quase cinco anos, a Cadeia Velha de Santos foi restaurada com verbas estaduais de R$ 10,6 milhões. Desde 2015, o Governo Estadual garantia que atenderia a demanda de audiências e campanhas públicas por um centro de artes integradas. Mas após reabrir o edifício em agosto, o governo anunciou o fechamento da oficina cultural e o rumo incerto do patrimônio nacional. Segundo estimativas, uma oficina cultural custa, em média, menos de R$ 1 milhão. Desde sua reabertura, o local recebeu cerca de 15 mil visitantes.

Único programa metropolizado

Hoje na Baixada Santista, o Governo Estadual centraliza investimentos em Santos: Virada Cultural Paulista, Tocando Santos e o Museu do Café. Cada vez mais reduzido, o Programa de Ação Cultural – ProAC contemplou coletivos de Santos, São Vicente, Cubatão e Guarujá. A itinerância artística do Circuito Cultural Paulista acontece em Bertioga, Cubatão, Itanhaém e Praia Grande. Já a gestora do Centro Cultural Cadeia Velha, a Oficina Cultural Pagu é o único programa estadual que realiza trimestralmente atividades nas nove cidades da Baixada Santista, além de ser a única ação estadual que alcança Mongaguá e Peruíbe.

 

Cadeia Velha: OC Pagu custa menos de um terço que fábrica cultural ou museus

Por Lincoln Spada

O anúncio da Secretaria de Cultura do Estado que confirma o fechamento da maioria das oficinas culturais de São Paulo, entre elas, a OC Pagu, atual gestora da Cadeia Velha de Santos, cria um novo debate público sobre qual é o melhor formato para administrar o patrimônio estadual. Afinal, a economicidade do atual modelo está garantida neste primeiro trimestre de reabertura do espaço.

Pense no custo mínimo do Governo Estadual. Previsto no projeto de uso, o auditório não foi entregue. Quando reinaugurada, a Cadeia Velha de Santos mal tinha mobiliário – parcerias com festivais permitiram boa parte de contrapartidas e doações. O repasse trimestral dado às ações formativas é mais e mais reduzido. Então a comunidade local ocupa com mostras coletivas de artes visuais, com cineclube, com sarau…

>> Quatro meses após reabertura, oficina será fechada
>> A história da versátil Cadeia Velha desde séc 19 

Em três meses, o edifício já recebeu exposições de artistas locais e internacionais, workshops de fotografia, oficinas de audiovisual, cultura digital, novas mídias e discotecagem, além de eventos de economia criativa e aberturas de festivais. Ainda, obras regionais e internacionais de cinema e de teatro – ambos com programação infantil ou adulta. Tudo gratuitamente à população. A estimativa é que mais de 15 mil pessoas já frequentaram a casa, e a maioria por mais de 3 horas.

Oficina cultural x Fábrica cultural

Mesmo assim, em janeiro, a OC Pagu entrará numa lista de cortes definitivos do convênio estadual em uma crise financeira temporária, já que economistas garantem aumentos de receita e do PIB nacional em 2018. Bem, no contrato de gestão das atuais 16 oficinas culturais, entre 2015 e 2017, o Governo Estadual repassaria respectivamente à organização social Poiesis: R$ 27,5 mi, R$ 30 mi e R$ 33 milhões. De fato, as verbas anuais aplicadas são R$ 19,5 mi, R$ 17,8 mi e R$ 12,5 milhões – este último é citado na lei orçamentária do próximo ano.

Se prever que a diferença da verba aplicada em 2016 para a prevista em 2017 corresponda às 11 oficinas culturais a serem desativadas, a previsão é que uma oficina cultural custe hoje ao Governo Estadual cerca de R$ 500 mil anual. Por ser num patrimônio exclusivo do Governo Estadual, no máximo, as despesas da OC Pagu não alcançariam R$ 1 milhão.

Apesar do Governo afirmar buscar parcerias para garantir o uso do espaço como centro cultural, no momento, não há programas similares para a gestão, além da instalação de uma Fábrica de Cultura: centros que promovem agenda de apresentações artísticas e ações formativas. Na capital, há cinco fábricas que, neste ano, custaram individualmente mais de R$ 9,5 milhões. Portanto, um tanto improvável.

Oficina cultural x Museus ou PPPs

Claro que o Governo pode descumprir o compromisso público e mudar o uso do espaço, tornando-o em um museu. Mas além de contrariar a opinião pública e a vocação do local, o Poder Público teria um ônus quintuplicado. Por exemplo, em 2015, o Museu do Café recebeu repasse de R$ 5 milhões. Responsável pelo museu, o Inci ganhou um valor ainda maior para administrar o Museu da Imigração no mesmo período.

Ora, outro grupo também já planejou a instalação de um museu no equipamento, mas a ideia refutada pela comunidade artística e audiências públicas custaria neste caso cerca de R$ 3 milhões anuais de verbas mediadas pelo Ministério Público. Além disso, com um museu pelo Inci, pelo último grupo ou qualquer outra entidade, a população teria que pagar mais uma vez para o uso do espaço público: por meio de ingressos.

Se em vez de Organização Social fosse uma Parceria Público-Privada, o entrave seria pior, pois independente do uso, ou o setor privado utilizaria de verba pública ou incentivo fiscal, ou efetivaria esses mecanismos de cobranças (ingressos, estacionamentos, souvenirs, etc), além de não garantir nenhum mecanismo de gestão comunitária.

Onda azul

Daí, só resta a possibilidade de municipalizar o prédio, causando uma contradição: cortar o único programa de formação cultural diversificada na Baixada Santista, região que mais foi fiel à base partidária do Governo Estadual, promovendo uma “onda azul” de administrações tucanas nestas eleições. Além disso, lançar o ônus financeiro justamente à Prefeitura que capitaneou o que seria uma boa maré de relações governamentais.

Agenda: Com Paula Lima, 2º Festival Santos Café acontece de 8 a 10 de julho

O 2º Festival Santos Café será realizado entre 8 e 10 de julho com uma programação que reúne espetáculos musicais, exposições, passeios turísticos, degustação de café, oficinas gastronômicas, intervenções artísticas, visitas noturnas ao Museu do Café e até feijoada com arte. Para a abertura, dia 8, a partir das 20h, já está confirmado o show da cantora Paula Lima.

O evento da Prefeitura, que em 2015 atraiu 37 mil pessoas, estará integrado ao “Happy Centro” (happy hour organizado no Centro da cidade às sextas-feiras) e ao “Feijão com Arte”, festival de feijoada nos restaurantes com música ao vivo nas ruas e exposição de artes e antiguidades na Praça Mauá. O Museu do Café será um dos parceiros, ao lado do governo Estadual, e além das visitas noturnas, o local abrirá o espaço Café com Leite, voltado para as crianças, com atividades lúdicas e atrações infantis.

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Os restaurantes do Centro Histórico estarão abertos nos três dias e hotéis preparam pacotes especiais com transporte até a área do evento. Oficinas gastronômicas utilizando o café como produto principal serão realizadas por profissionais da área no Museu Pelé. A degustação dos mais variados tipos de café poderá ser feita gratuitamente na Casa da Frontaria Azulejada.

Sexta-feira (8 de julho)
>> Museu do Café | 18h | Entrega da restauração da Sala do Pregão (vitral de Benedicto Calixto, no teto, e mobília);
>> Museu do Café | 18h-21h | Visitação noturna;
>> Museu do Café | 18h30 | Homenagem a Eduardo Carvalhaes e música com Marcos Paulo e Patrícia Nóbrega (MPB, jazz e bossa nova);
>> Rua XV x Rua do Comércio | 18h30 | Happy Hour com bares e restaurantes parceiros;
>> Rua XV x Rua do Comércio | 20h | Show de Paula Lima e banda.

Sábado (9 de julho)
>> Museu do Café | 10h30, 12, 15 e 17h | Visitas a R$ 6 ao Centro de Preparação de Café com degustação;
>> Casa da Frontaria Azulejada | 11-17h | Degustação de cafés especiais; exposição ‘Do Café ao Amorzinho’, projeto ‘Alameda do Café’;
>> Estação do Valongo | 11h | Ensaio aberta do Orquestra na Rua;
>> Bulevar da Rua XV | 11h | Escola de choro e cidadania com Luizinho 7 Cordas;
>> Praça Mauá | 11, 14 e 16h | Walking Tour;
>> Praça Mauá | 11-17h | Feira Centro com arte e exposição de carros antigos;
>> Museu do Café | 11h-17h | Espaço café com leite (cantinho de leitura, jogos educativos, piscina de bolinha, etc);
>> Construtora Phoenix | 11-18h | Exposição ‘Coffee Break – Diálogos sobre Café’;
>> Museu Pelé | 11h | Oficina de risoto à base de café (com o chefe Bruno Medeiro, da Unisantos);
>> Centro Histórico | 12h | Feijão com Arte (apresentações em parcerias com bares e restaurantes);
>> Casa da Frontaria Azulejada | 12h | Teatro ‘Amor por Anexins’;
>> Praça Mauá | 12h | Show de Murilo Lima (MPB, pop rock);
>> Rua XV x Rua do Comércio | 13h | Roda de samba com grupo Ouro Verde;
>> Praça Mauá | 14h | Show da Escola Guitarra Leão (MPB, pop rock);
>> Museu Pelé | 15h | Oficina de brigadeiro de café com banana caramelada (com Margot Lambert, do Senac);
>> Museu do Café | 15h | Contação de histórias com Cantorita e Tonho;
>> Museu do Cafe | 16h | Oficina de artesanato com cápsulas de café;
>> Estação do Valongo | 17h | Apresentação do Orquestra na Rua;
>> Rua XV x Rua do Comércio | 17h | Show de Carla Miriani e banda (rock, blues);
>> Museu do Café | 18-21h | Visitação noturna.

Domingo (10 de julho)
>> Museu Pelé | 11h | Oficina de coquetelaria (com barista Douglas Dante);
>> Casa da Frontaria Azulejada | 11-17h | Degustação de cafés especiais; exposição ‘Do Café ao Amorzinho’, projeto ‘Alameda do Café’ e ‘Leia Santos’;
>> Museu do Café | 11h-17h | Espaço café com leite (cantinho de leitura, jogos educativos, piscina de bolinha, etc);
>> Praça Mauá | 11-17h | Feira Centro com arte e exposição de carros antigos;
>> Construtora Phoenix | 11-18h | Exposição ‘Coffee Break – Diálogos sobre Café’;
>> Praça Mauá | 12h | Show de Kleber Serrado e Choro de Bolso;
>> Casa da Frontaria Azulejada | 12h | Teatro infantil com a Trupe Olho da Rua;
>> Museu do Café | 12h | Baristas apresentam métodos de preparo do café;
>> Centro Histórico | 12h | Feijão com Arte (apresentações em parcerias com bares e restaurantes);
>> Praça Mauá | 14h | Show de Diego Alencikas e Trio;
>> Museu do Café | 15h | Programação infantil ‘Minibarista’.

*Prefeitura de Santos/Juicy Santos

 

Museu do Café recebe mostra ‘Imigrantes do Café’

O Museu do Café, em parceria com o Museu da Imigração, ambas instituições da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, inaugura nesta quinta-feira (27) a nova exposição temporária ‘Imigrantes do Café’. A mostra é fruto de uma curadoria compartilhada com o equipamento cultural da capital e apresenta histórias e memórias da imigração para as lavouras cafeeiras no estado de São Paulo. A cerimônia de inauguração tem início às 19h, com entrada gratuita. A exposição permanece em cartaz até o dia 9 de novembro.

A mostra retrata o cotidiano dos imigrantes desde a chegada ao Brasil pelo Porto de Santos – principal porta de entrada do País -, passando pela Hospedaria de Imigrantes do Brás e suas dependências. Por fim, aborda a ida para as lavouras. Lá, não somente o dia a dia do trabalho será retratado, mas também a vida pessoal desses imigrantes e os costumes que eles trouxeram de seus países para cá.

Ao longo da exposição, os visitantes também terão contato com depoimentos do projeto de História Oral, do acervo do Museu da Imigração, um dos destaques da curadoria. No total serão seis áudios com os testemunhos de imigrantes de diversos países que trabalharam em lavouras de café entre as décadas de 1910 e 1920, logo após chegarem ao Brasil, e sua passagem pela Hospedaria de Imigrantes.

O Museu do Café fica na Rua XV de Novembro, 95, no Centro Histórico de Santos. Abre terça-feira a sábado, das 9h às 17h, e nos domingos, entre 10h e 17h. Os ingressos para visitação custam R$ 6,00. Estudantes e pessoas com mais de 60 anos pagam meia-entrada. Aos sábados, a visitação é gratuita. Informações pelo tel. 3213-1750.

*Prefeitura de Santos

 

‘Pensei no aspecto patrimonial (da Cadeia Velha)’, diz Marcelo Araújo

Quatro anos repetidos em quatro horas. Ao descer a Santos na noite desta quarta-feira (dia 6), o secretário estadual da Cultura, Marcelo Mattos Araújo refez seu itinerário pela Cidade desde 2011. Em seus passos, não cogitou visitar as Oficinas Culturais Pagu, avistou de relance a imponente Cadeia Velha, acenou para o secretário municipal da Cultura, e sorriu pelos salões do Museu do Café. Antes de se encontrar com os artistas no Teatro Guarany, na Praça dos Andradas, notou a vizinha cadeia mais uma vez, agora, sem um plano exato para ela.

Ou com um plano, mas cavaleiro à moda antiga, o museólogo cede a vez. “Vocês foram muito felizes ao relembrarem a importância histórica do edifício e que este diálogo é constante, esta não é a primeira vez que se discute a utilização desse espaço”, refere-se à carta inicial dos fazedores de arte. “Estou pronto para ouvi-los”. Encurva-se para observar um a um no microfone, e um pouco mais a anotar as suas próprias observações.

02Há quem defenda as Oficinas Culturais, há quem defenda a ocupação de grupos e festivais, há quem defenda a preservação e o espaço museológico. Conceitos, à medida do possível, repetidos de modo didático nas intervenções do secretário. “Existe um consenso entre os presentes na questão de um centro integrado de artes e de preocupação com o patrimônio”, constata, apontando que “a Cadeia Velha é um equipamento arquitetônico único e, de sua época, o mais importante e representativo do Estado de São Paulo”.

O elogio é uma das raras mudanças de timbre durante a audiência pública sobre a discussão do edifício. Na maioria do tempo, sua fala é tão discreta quanto seus passos, a ponto de entrar e sair pelo teatro despercebido pelos presentes. No palco, circula perguntas-chaves, reconhecendo as poucas vezes que não utilizou dessa virtude.

01Questionado sobre o que esperava da Cadeia ao fechá-la para reforma, “pensei em seu aspecto patrimonial, pela relevância histórica, e conversei tanto com a Secretaria Municipal da Cultura, quanto com o Inci (organização que gerencia o Museu do Café) sobre as possibilidades para potencializar este aspecto”. Nas duas vezes nestes anos, o outro lado disse à imprensa o que ele imaginava. No entanto, agora, ele não o disse.

“Não, não existe um programa da lista de ações da Secretaria de Estado da Cultura que seja específico para fomentar centros de ações integradas. Não é o propósito das Oficinas Culturais esta finalidade, mas a de formação artística”, com uma resposta a entender que será necessário alguns meses para refletir qual melhor gestão para o espaço.

Portanto, para atender o anseio da comunidade – como, de fato, é seu compromisso como gestor público –, Marcelo precisará refletir sobre uma gestão híbrida. Adequar dois ou mais programas estaduais, e, respectivamente as organizações sociais envolvidas, como a Poiesis que administra as Oficinas Culturais. Ou estar em consenso com um programa governamental e um departamento regional ou municipal de cultura. “Estudarei mais nestes dois meses”, quase sussurra antes de fechar a porta do carro rumo à capital.

*Lincoln Spada

Ricci Filmes promove ‘Café Aroma Cine’ e ‘Santos Noir’

A gastronomia, o cinema e a música se misturam nas novas ações da Produtora e Startup Ricci Filmes. “Hoje como pesquisador e realizador de cinema expandido, vejo uma grande avenida a minha frente, com muitas esquinas e grandes encruzilhadas, mas todas ricas de caminhos grávidos de um cinema cheio de vida e transgressor”, destaca Eduardo Ricci. Por isso, ele organiza este mês o ‘Café Aroma Cine’ e o ‘Santos Noir’.

No dia 18, das 16 às 18 horas, o Café Aroma Cine será realizado gratuitamente no Museu do Café (Rua XV de Novembro, 95/Santos). A atividade conta com cenas de Leon Moreno, o barista Allyson Ramos e música ao vive com Alice Mesquia, Adinan Moraes e o próprio Ricci como VJ. Já no dia 30, às 20h, filmes serão exibidos em jantar às escurtas, no Restaurante Fernando Pessoa (Rua Dom Lara, 38/Santos). As reservas são de R$ 90. Informações: (13) 99171-7463 ou cinericci@yahoo.com.br. Segue abaixo o depoimento publicado por Ricci sobre os eventos.

Um gole de cinema em gotas de paixões pela vida

02Um novo live cinema para celebrar vinte anos de cinema como prática social, o que isso pode significar? Para mim mais do que a metade de tudo que sou. Há muito tempo decidi viver de cinema, imaginando que no Brasil seria quase impossível, mas aos 14 anos tomei essa decisão. Desde então comecei a estudar cinema e a trocar cartas com cinéfilos de todo o país, sim, naquela época a Internet não era tão popular como hoje e a carta era meu único meio de vencer as distâncias continentais.

O primeiro trabalho que realizei sobre o cinema cultural só aconteceu cinco anos depois, em abril de 1995, foi um mini curso sobre a história e a linguagem do cinema, num espaço alternativo de arte, em Vicente de Carvalho, distrito de Guarujá, litoral de São Paulo. Alguns meses depois, montei uma exposição para celebrar os 100 anos de criação do cinema, desde então, ano a ano foram realizados inúmeras atividades socioculturais para divulgar a sétima arte como expansão daquilo que já somos e podemos vir a ser.

Assim comecei a entender o que era um cinéfilo, esse ser apaixonado em revisitar filmes e grandes cineastas, às vezes incompreendidos e não muito amados pelo grande público, mas importantes realizadores da arte cinematográfica. Mergulhei nos universos de Truffaut, Kubrick, Hitchcock entre tantos outros que mostraram para mim novos caminhos para ser e pensar o mundo além da tela retangular.

03Três anos depois, já como aluno de jornalismo na Universidade Santa Cecília, organizei o primeiro encontro de cinema da Unisanta, dessa ação nasceu em 24 de março de 1999, o Cineclube Lanterna Mágica, com apoio da Instituição e participação de alunos e professores universitários. Percebi, desde então, que somos compostos de muitos outros e o quanto é transformador compartilhar a arte das imagens em movimento. Então aos 22 anos materializei um sonho, viver de cinema.

Hoje já como pesquisador e realizador de cinema expandido, vejo uma grande avenida a minha frente, com muitas esquinas e grandes encruzilhadas, mas todas ricas de caminhos grávidos de um cinema cheio de vida e transgressor, com as possibilidades de fazer e projetar filmes além das linhas retangulares de uma simples tela branca.

01O público do cineclube mudou, expandiu e para acompanhar essa mudança, levo o cineclubismo como VJ em restaurantes, cafeterias, museus, teatros, praças ou em qualquer lugar possível de ver vida pulsante projetada numa superfície ávida em refletir nossos medos, desejos e anseios. Assim é o cinema que me habita, desde os sete anos de vida.

Para continuar a expansão na pesquisa e realização do cinema em tempo real, realizo este ano, dois novos live cinema, o “Café Aroma Cine” e o “Santos Noir”. Ações com imersão e provocações para levar o público a experimentar cinema com todos os sentidos. Muito mais está por vir, apaguem as luzes e abram bem os olhos. Evoé!

*Eduardo Ricci

 

Cadeia Velha: Público dos museus do Centro é um terço do Aquário

Ponto histórico da povoação de Santos, a área central contempla quatro museus num raio de dois quilômetros quadrados. O público dos quatro museus juntos ao mês (22,5 mil visitas) equivale ao do Orquidário (22,4 mil) e a um terço do Aquário (65,7 mil). Mesmo com a falta de público em comparativos, e também de raras atividades artísticas, ainda há a possibilidade de haver um quinto equipamento museológico no bairro: a Cadeia Velha. Pode se tornar Museu da Baixada Santista o principal edifício dos séculos 19 e 20 – que abrigava os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do município.

> Cinco razões para Cadeia Velha não se prender a um museu
> Governo Estadual garantiu discutir projeto de uso da Cadeia

01Esta não é a primeira tentativa de modificar a vocação da Cadeia Velha, que nos últimos 30 anos se tornou num polo de formação de artistas como a Delegacia Regional de Cultura e, depois, Oficina Cultural Pagu. Outras duas vezes o Poder Público não conseguiu apoio da comunidade. Agora, apesar da suposta vontade política, um grande dilema é a falta de demanda de público e de atividades culturais nos demais museus do Centro.

O raciocínio é simples. Se não há o hábito de visitação e atrações nestes lugares, por que seria diferente no caso de um futuro museu nas proximidades? Tal situação demonstra que o prédio centenário fechado para reformas pode ser reaberto como um grande “elefante branco” se não houver um diálogo entre Poder Público, classe artística e comunidade sobre seu projeto de uso. Confira a situação dos demais patrimônios ao seu entorno:

Museu do Café: 15 mil visitas/mês
Rua XV de Novembro, 95 | Terça a sábado, das 9h às 17h | R$ 3 a R$ 6

05Erguido em 1922 para nortear os preços do café enquanto principal produto de exportação brasileira, a Bolsa do Café teve suas atividades encerradas nos anos 60. A casa de propriedade estadual foi reinaugurada como museu em 1998 e, atualmente, tem gestão do Instituto de Preservação e Difusão da História do Café e da Imigração. Aliás, a mesma entidade sondada para dar continuidade à ocupação da Cadeia Velha.

A cafeteria e loja de souvenirs vivem a receber os empresários do entorno e turistas pela proximidade dos terminais portuário, rodoviário e da linha de bonde. Já alcançou 1 milhão de visitantes e recebeu entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015 cerca de 54 mil visitas (15 mil por mês).

Também há uma equipe preparada para visitas monitoradas, mas a sua mostra é permanente. Se não há rotatividade de exposições, a programação consta com um show musical por mês e raras apresentações. Neste trimestre, ao todo, foram só cinco atrações artísticas.

Museu Pelé: 5,4 mil visitas/mês
Lg. Marquês de Monte Alegre | Terça a domingo, das 10h às 18h | R$ 9 a R$ 18

06O tão esperado projeto de guardar o acervo do Rei do Futebol ainda não tem estabilidade financeira. Prejuízos são alardeados pela imprensa e preocupa a atual gestora Ama Brasil. O local é situado nos antigos casarões do Valongo, bem em frente ao restaurante-escola e uma das mais frequentadas igrejas da Região, o Santuário de Santo Antônio do Valongo. Foi inaugurado em junho do ano passado, com objetivo de atrair os fãs da Copa do Mundo.

O local mantém bar, cafeteria e tem um enorme acervo interativo, em caráter permanente. Focado no esporte predileto dos brasileiros, não contém programação artística. Durante os dez meses, recebeu 57 mil pessoas. Entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015, alcançou 16,4 mil visitantes (5,4 mil visitas ao mês). O número é muito aquém do esperado (1,2 mi de frequentadores por ano) e a instituição mantém déficit na receita.

Casa do Trem Bélico: 1,5 mil visitas/mês
R. Tiro Onze, 11 | Terça a domingo, das 11h às 17h | Grátis

04Mais antigo prédio público de Santos de 1640, a Casa do Trem Bélico abrigava desde seu início armas e munições. Nos tempos coloniais, para a proteção da Cidade. Atualmente, para preservar a história da região e do País. O prédio é o mais distante do comércio e do fluxo de turistas nos terminais da Cidade, mas é passagem da linha de bonde.

Até mesmo um de seus funcionários se veste de soldados e corneteia para os passageiros do tradicional veículo conhecerem a casa. Provavelmente é o espaço que mais contempla atividades artísticas, já que recebeu ano passado por um semestre o programa Trem Cultural, com apresentações de teatro e dança. Mesmo assim, não mantém bons índices de público em relação a outros equipamentos.

Reformada em 2009, ele conserva em seu piso superior a mostra permanente de Armamentos Históricos, com 170 peças usadas pela infantaria brasileira, desde os tempos do Brasil Império, como objetos também da Revolução de 32. Por ano, apenas 7 mil pessoas visitaram a mostra, segundo a Prefeitura. Ao mesmo tempo, ela citou ano passado que 18 mil pessoas frequentaram a casa (1,5 mil pessoas por mês).

Palácio Saturnino de Brito: até 5 mil visitas/ano
Av. S. Francisco, 128 | Terça a domingo, das 11h ás 17h | Grátis

03Construído no final do século 19 como Repartição de Saneamento, o prédio mantém hoje a Unidade de Negócio da Sabesp na Baixada Santista. Mantido pela estatal, o local tem suas características originais conservadas, além de conter os móveis usados pelo patrono da Engenharia Sanitária, Saturnino de Brito, o idealizador dos canais e da organização urbana de Santos.

De maneira interativa, o museu preserva objetos sobre esta engenharia e painéis interativos sobre a construção da rede de esgoto e de abastecimento de água na Baixada Santista. Apesar de estar próximo da rodoviária, do comércio e ser ponto da linha turística do bonde, o público não frequenta muito o espaço e muitos da Cidade ainda o desconhecem. Entre 2009 e 2012, foram 13 mil visitas, cerca de menos de 5 mil visitas ao ano.

*Lincoln Spada