Exposição ‘Ubuntu’ é destaque na Casa Afro de SV

Devido ao sucesso de público, a Casa da Cultura Afro-Brasileira de São Vicente estenderá a mostra artística ‘Ubuntu’ durante todo o mês de março, no Parque Ecológico Voturuá (Rua Dona Anita Costa, s/nº, Vila Voturuá). Quem visitar o espaço localizado no Parque Ecológico Voturuá, poderá contemplar as exposições ‘Ubuntu’, de Cláudia Mello.

Como um varal de memórias, ‘Ubuntu’ reúne 15 bonecos Abayomi, resultantes do projeto socioeducativo Art-ilê, da Matintah Pereira. Confeccionadas com materiais recicláveis, as obras resgatam tradições da nação Yorubá cuja história está relacionada à escravidão dos povos africanos.

O nome da mostra significa, para os povos africanos, a capacidade humana de compreensão e generosa reciprocidade. A realização é da Prefeitura através da Secretaria da Cultura de São Vicente.

*Prefeitura de São Vicente

 

Roda de conversa e exposições na Casa Afro em SV

A Casa da Cultura Afro-Brasileira de São Vicente sediará no próximo dia 7, às 9 horas, a aula presencial do curso municipal ‘Práticas Pedagógicas Afro-Indígenas, conhecendo para respeitar’. Com apoio da Secretaria da Cultura, a atividade será o encerramento da formação de ensino à distância realizada pela Secretaria de Educação e da Sumira – Superintendência de Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial.

Tendo educadores da rede municipal de ensino como seu público-alvo, o evento contará com uma roda de conversa sobre as religiões de matrizes africanas. No mesmo dia, a Casa Afro também abrirá suas exposições ‘Ubuntu’, de Cláudia Mello, e ‘Memória de um Negro Baiano’, de Rose Britto.

MOSTRAS

Como um varal de memórias, ‘Ubuntu’ reúne 15 bonecos Abayomi, resultantes do projeto socioeducativo Art-ilê, da Matintah Pereira. Confeccionadas com materiais recicláveis, as obras resgatam tradições da nação Yorubá cuja história está relacionada à escravidão dos povos africanos. O nome da mostra significa, para os povos africanos, a capacidade humana de compreensão e generosa reciprocidade.

04Por sua vez, ‘Memória de um Negro Baiano’ trata-se de um acervo pessoal de Rose Britto de fotos e registros sobre a cultura negra na Bahia entre os anos de 1945 e 1949. Militante pela causa da igualdade racial, Rose é artesã e artista plástica vicentina.

CONSCIÊNCIA NEGRA

O Dia da Consciência Negra celebrado em 20 de novembro foi instituído pelo Governo Federal em 2011 por datar a morte de Zumbi, líder quilombola. Zumbi foi morto em 1695 por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho ao ocuparem o Nordeste brasileiro.

A data de sua morte, descoberta por historiadores no início da década de 1970, motivou membros do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial a elegerem a figura de Zumbi como um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil, bem como da luta por direitos que seus descendentes reivindicam.

*Lincoln Spada

 

Mostra de máscaras africanas na Casa da Cultura Afro-Brasileira

“Tudo começa com uma árvore, que fornece a madeira, que vira utensilio doméstico, que vira arte, que vira culto e faz parte do nosso cotidiano”, resume a artesã Rose Britto a sua exposição ‘Africanidades e Suas Influências’. Ao todo, 30 máscaras africanas entalhadas estão à mostra na Casa da Cultura Afro Brasileira de São Vicente (Rua Dona Anita Costa, s/nº, Vila Voturuá) entre os dias 13 e 30 de maio, de terça-feira a domingo, das 10 às 17 horas.

Por meio de suas peças esculpidas com precisão, ela aborda a chegada dos negros escravos ao Brasil há séculos e o seu repertório de tradições, com símbolos de diversidade, fé e resistência. “Essa bagagem foi nutrida pela proteção das tradições geradas nos terreiros, nas capoeiras e nos quilombos”, complementa Rose. Segundo ela, as máscaras remontam a história de um rei de uma tribo iorubana fundadora da Oyó, na Nigéria.

Rose Britto é artista plástica e artesão, iniciando sua trajetória na antiga feira hippie de São Vicente na década de 1970, quando ainda tinha 14 anos. Autodidata, pesquisou várias vertentes artísticas em diferentes viagens e especializou na cultura afro-brasileira, militando por esta causa nos anos 90. Ela também guarda experiência como arte-educadora, desenhista e palestrante sobre igualdade racial.

*Prefeitura de São Vicente

 

No dia 13 de maio, Casa Afro de São Vicente faz reflexão

Em cerimônia aberta a população, no dia 13 às 15 horas, homenagens e intervenções artísticas serão realizadas em conjunto pela Prefeitura de São Vicente através da Secretaria Municipal da Cultura, a Sumira – Superintendência de Política para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial e o Conselho Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, na Rua Dona Anita Costa, s/nº, Vila Voturuá.

No evento, haverá o descerramento de placa em homenagem a Pai Ivan Marcos Neto e Diogo Ferraz de Arruda, na fachada do equipamento tombado como patrimônio da Cidade. Ambos já foram conselheiros do então Conselho Municipal da Comunidade Negra. Diogo foi presidente da Casa de Angola de São Vicente, difundindo as tradições da comunidade negra e, principalmente, promovendo assistência a africanos refugiados no litoral paulista.

Por sua vez, Pai Ivan foi iniciado ao culto dos orixás nos anos 70, tornando-se babalorixá e baba kerere opa otun de Oxum. Participou do Balé Afro de Santos, da Academia Vicentina de Letras e foi articulador dos conselhos municipais de promoção à Igualdade Racial em São Vicente, Mongaguá, Praia Grande e Peruíbe. Além disso, fundou o Ilé Otá Odô Odésassanha e o núcleo regional do Instituto Nacional de Tradição e Cultura Afro Brasileira.

Também será entregue um busto do líder dos quilombolas, Zumbi dos Palmares, esculpido por Gaspar Mariano e Rosangela Castro com a colaboração dos alunos das Oficinas de Escultura. A obra será instalada no jardim frontal da casa.

Em seguida, será aberta a exposição ‘Africanidades e Suas Influências’, da artesã Rose Britto. Dezenas de máscaras entalhadas em madeira estarão no local para visitação gratuita até o dia 31. “Estas obras remontam a história de um rei da tribo iorubana fundadora do Oyó, na Nigéria. Da madeira se fez a arte que virou cultura, e de culto passou a fazer parte do nosso cotidiano atual”, justifica a autora da mostra.

*Prefeitura de São Vicente

 

Casa da Cultura Afro-Brasileira alcança mais de 300 visitas

Reinaugurada no último dia 24, a Casa da Cultura Afro-Brasileira já recebeu nos dias seguintes mais de 300 pessoas. Atualmente, o espaço oferece além do acervo permanente de esculturas de Geraldo Albertini, a exposição de artistas vicentinos ‘Africanidades’ e de itens referentes às religiões de matrizes africanas. A visitação é gratuita e pode ser feita de terça a domingo, das 10 às 17 horas. A casa está no Parque Ecológico Voturuá (Rua Dona Anita Costa, s/nº, Voturuá).

Casa da Cultura Afro 2

Fechado por uma década, o Museu do Escravo de Geraldo Albertini reabre dia 24 de janeiro

Fechado por uma década, o Museu do Escravo de Geraldo Albertini já tem data para voltar a receber visitas do público. No dia 24 de janeiro, às 10 horas, ocorrerá a solenidade de reabertura do espaço em comemoração ao 483º aniversário de São Vicente. A casa se localiza no Parque Ecológico Voturuá (Rua Dona Anita Costa, s/nº, Vila Voturuá). A cerimônia contará com o prefeito Luis Claudio Bili, autoridades do Poder Executivo e Legislativo, além de representantes dos movimentos de preservação da cultura negra.Casa da Cultura Afro-Brasileira 3

O espaço receberá um novo nome, atendendo as solicitações da comunidade e entidades culturais representantes do segmento. Passará a se chamar Casa da Cultura Afro-Brasileira – Memorial ao Escravizado. “Essa é uma reconquista dos movimentos sociais e de entidades artísticas e religiosas de matrizes africanas, porque a partir de agora terão um ponto para centralizar atividades de reafirmação da identidade afro-brasileira”, detalha o secretário da Cultura, Amauri Alves.

A Secult será a responsável por gerir a casa com apoio de diversas entidades para realizar pesquisas, apresentações artísticas e demais ações de promoção à igualdade racial. Na cerimônia, além da exposição permanente do escultor Geraldo Albertini (1933-1999) com 143 peças, sendo 125 em argila e 18 em madeira, haverá poesias, samba, culto de matrizes africanas e a abertura da mostra de artes plásticas Africanidades, com obras de 12 artistas vicentinos.

Reforma da Casa

Em funcionamento entre 1976 até 2005, quando foi fechado por falta de manutenção, os problemas se agravaram causando com o passar dos anos desmoronamento de telhado e paredes e perda do acervo principal. Em outubro de 2012, interessados da sociedade civil conseguiram que fosse realizado o tombamento do patrimônio, impedindo sua demolição. Em março de 2014 os trabalhos de recuperação foram iniciados com a Secult.Casa da Cultura Afro-Brasileira 4

Após reuniões com a comunidade, o projeto de recuperação física foi realizado pela Codesavi enquanto as voluntárias Deise Domingues Gianinni e Nora Valter trabalharam na recuperação do acervo. A reforma começou em 2014 com recurso do Departamento de Apoio e Desenvolvimento das Estâncias (Dade), do Governo do Estado de São Paulo no valor de R$ 300 mil. A obra foi gerenciada pela Secretaria de Obras.

*Prefeitura de São Vicente