Em pleno Gonzaga, Banda Barracos lança disco no aniversário de Santos

Por Sarah Mascarenhas

A união de arte, educação e cidadania, são os pilares que fundamentam este projeto realizado pelo Instituto Arte no Dique. A Banda Barracos é o resultado de uma ação sócio-cultural promovida na periferia de Santos, litoral paulista. A Banda barracos foi premiada pelo Programa de Ação Cultural do estado de São Paulo com o financiamento da gravação do primeiro disco, que apresenta uma sonoridade contemporânea que mescla maracatu, baião ao rock, rap entre outros ritmos.

No dia 26/jan, às 19h, na tenda da praia do Gonzaga (Tenda 2), o público poderá apreciar o show de lançamento do álbum “barracos”, que traz 11 canções autorais, composições de Danilo Nunes, Zelus Machado, Paulo Faria e Edson Cabeça. Há também a releitura da música “Escombros” de Tenilson Del Rey. A Banda barracos convida as crianças da Coletivo Querô para participação na música “Coco de chuva” e o rapper Ice Dee também está entre os convidados.

A gravação do disco da Banda Barracos foi viabilizada através do Programa de Ação Cultural que realiza edital e seleciona projetos que recebem aporte financeiro do estado para sua realização. A gravação ficou sob a tutela de Flávio Medeiros premiado produtor musical, realizada no Teatro Municipal de Santos e quem assina a produção é cavalo de praia. O Projeto barracos foi o único contemplado na baixada santista no ano de 2018, isso significa um reconhecimento artístico e sua relevância social para promoção de melhoria na situação de alguns moradores das palafitas.

A Banda Barracos difunde o pioneirismo de captar e reproduzir a sonoridade de uma das maiores comunidades de palafitas da América do Sul. As letras retratam a realidade dos moradores das periferias e foram escritas sob um olhar crítico sobre as moradias e condições de sobrevivência das tradições culturais das comunidade das palafitas por todo Brasil.

Para os integrantes da banda realizar o show de lançamento do discos nas festividades de comemoração do aniversário é também um sinal de reconhecimento de um trabalho realizado por meses. O disco completo já está disponível em todas as plataformas de streaming e partir de fevereiro o cd estará disponível para venda online.

A Banda

O colorido sonoro da banda Carrossel de Baco, funde-se a percussiva Banda Querô, resultante do trabalho de formação sócio cultural do Instituto Arte no Dique, com influência da cultura baiana, localizado na vila gilda área continental de santos, considerada a maior favela de palafitas do brasil. Trazendo à tona os signos e símbolos musicais oriundos da miscigenação cultural que resultou na formação do povo brasileiro, o projeto barracos promove um olhar crítico às necessidades básicas de moradia e a sobrevivência das tradições culturais presentes nas palafitas e áreas periféricas brasileiras.

As irreverentes projeções especialmente criadas pelo multi-artista Márcio Barreto se somam com a sonoridade contemporânea do dj e as batidas fortes da percussão. a participação do Coletivo Querô, grupo de crianças pertencente ao trabalho de musicalização do Instituto Arte no Dique, trazem para a festa a esperança da transformação social através da cultura.

 

Encenação de SV inspira cidade portuguesa a espetáculo

Realizada há 33 anos, a tradicional Encenação da Fundação da Vila de São Vicente inspirou a cidade de Vila do Conde (Portugal) a produzir em agosto um espetáculo aos mesmos moldes para contar a sua história. Para isso, o ator, diretor e produtor Marcelo Lafontana, artista brasileiro radicado em Portugal há 25 anos, voltou ao Brasil para convidar oficialmente um grupo de quatro artistas vicentinos para participarem do projeto.

Quem assinará o roteiro e a direção será o ator, diretor e dramaturgo vicentino Amauri Alves (atual secretário da Cultura de São Vicente), que dirigirá parte dos ensaios virtualmente e, durante seu período de férias da Secult, completará os encontros com o elenco e acompanhará as apresentações: “É uma grande felicidade ter o trabalho reconhecido internacionalmente e poder ao mesmo tempo fomentar o desenvolvimento dos artistas de São Vicente através da troca de experiências com estrangeiros convidados”.

02O gestor complementa: “A política de desenvolvimento cultural da cidade para a abertura de oportunidade para nossos artistas já mostra resultados. Durante o mesmo período, um grafiteiro morador da cidade e nosso professor de artes urbanos representarão o Brasil em um festival na Espanha. São Vicente tem artistas com qualidade internacional”.

Por sua vez, Henrique Dias Alves, que já participou de encenações históricas em várias cidades auxiliando Amauri, será o assistente de direção do musical. Professores das Oficinas Culturais, o dançarino e coreógrafo Dann Cesar e o escultor Gaspar Mariano foram convidados, respectivamente, para coreografar os artistas portugueses e ser responsável pela confecção das esculturas da cenografia. Outro brasileiro irá compor a trilha, Flávio Medeiros. Ao todo, a montagem deve superar 400 atores da comunidade. O espetáculo é uma iniciativa da companhia teatral LFA – Lafontana Formas Animadas com apoio da Câmara de Vila do Conde.

O espetáculo

Dividido em 14 cenas, o musical é ambientado no século 16 e trata da era de desenvolvimento da cidade enquanto centro de construção de naus e embarcações em plena Era das Grandes Navegações. Além disso, por causa da tradição da pesca que antecedeu tal período, muitos capitães e navegadores lá se especializaram e se tornaram expoentes na Europa. Entre os personagens de destaque na trama, o piloto-mor da carreira da Índia, China e Japão, Gaspar Manuel, e o Rei Dom Manuel 1º, ambos ergueram edificações pelo município.

Vila do Conde

Localizada no norte de Portugal, a cidade tem 149 Km² e 80 mil habitantes. A sua origem é datada desde antes da fundação do país, ainda no século 10. Por sua vez, foi elevada à Cidade em 1987. Atualmente é um importante centro industrial, porto de pesca e de zona balneária e turística.

*Prefeitura de São Vicente

 

‘Encenação.Doc’ entra em cartaz nas Oficinas Culturais de SV

Sucesso na estreia no Roxy Brisamar, o curta-metragem ‘Encenação.Doc’ entra em cartaz neste mês em sessões gratuitas nas Oficinas Culturais (R. Ten. Durval do Amaral, 72, Catiapoã). O filme será exibido a partir do dia 10, toda sexta-feira às 20 horas e aos sábados às 16 horas. Com apoio da Secretaria da Cultura, as sessões terão os ingressos entregues a partir de meia hora antes da realização.

“Nós queremos mostrar as pessoas que mudaram suas rotinas para fazer parte da Encenação da Fundação da Vila de São Vicente”, argumenta o diretor Cássio Santos. O filme foca a vida de alguns dos mais de mil voluntários que participaram do maior espetáculo de teatro em areia de praia do mundo, segundo o Guinness Book.
“Vamos narrar também o dia a dia dos coreógrafos de companhias de dança, dos responsáveis das quadrilhas juninas, pois o espetáculo agrega vários segmentos artísticos da Cidade”, ele complementa.

O documentário tem argumento de Cássio, Victor Luiz e Érica Rodrigues, também produtora da obra. A fotografia é assinada por João Vitor Andrade, a captação de áudio por Kauê Rodrigues, a técnica e elétrica por Valdir Vieira, a edição de Eduardo Bezerra e a trilha sonora pertence a Flávio Medeiros.

*Prefeitura de São Vicente