Cia. PlastikOnírica pauta teatro lambe-lambe em roda de conversa

Informações do Tescom

O teatro lambe-lambe é tema de roda de conversa gratuita nesta próxima terça-feira (29/jan), das 20h às 22h, na Escola de Teatro Tescom (Av. Cons. Rodrigues Alves, 195/Santos). A atividade formativa será ministrada por Pedro Cobra e Larissa Miyashiro, ambos da Cia. PlastikOnírica. Informações: (13) 3233-6060.

Esta linguagem teatral de formas animadas apresenta um espetáculo de curta duração que se utiliza de objetos e bonecos em miniatura dentro de uma caixa para apenas um(a) espectador(a) por vez. O formato breve e exclusivo de cada sessão implica um pensamento criativo profundo sobre questões como síntese dramatúrgica, autogestão, mistério, singularidade, intimismo e ocupação do espaço público.

Criada em 2014, a Cia. PlastikOnírica nasce entre artes visuais, música e teatro. A companhia se dedica ao desenvolvimento do teatro de formas animadas. Formado por Pedro, Larisa e Felipe Zacchi, o coletivo cênico participou de festivais no Brasil, Chile e Europa. Atualmente, o grupo teatral tem como base a Oficina de Devaneios, em Santos.

Vila inglesa preserva história no Centro de São Vicente

Por Prefeitura de São Vicente

Um lugar europeu no Centro de São Vicente chama atenção de quem passa pela Rua João Ramalho. Construído há mais de 80 anos, o Jardim Aralinda, condomínio com ares ingleses, e o Castelinho, prédio com mesma característica, reúnem tradição e histórias. Em 1930, o proprietário Umberto Gagliasso apresentou para a Prefeitura projeto para construção de 36 casas. O estilo das edificações foi desenhado pelo inglês Ernesto Behrendt, que se inspirou nas residências de seu país. O nome da vila é uma homenagem à sogra do dono daquela área, Aralinda Forshire.

Com tijolinhos aparentes na fachada, lampiões nas portas, sem muros ou garagens, as casas contam com dois a três pavimentos. Os imóveis foram adquiridos inicialmente por famílias paulistas que desciam à Serra do Mar para aproveitar as férias no litoral. Entretanto, os moradores contam que o condomínio foi construído com o propósito de abrigar os ingleses que vieram morar na região para trabalhar na construção da ferrovia.

“Compramos a casa de duas inglesas, elas eram as únicas moradoras estrangeiras que ainda moravam aqui. Elas nos contaram que antigamente na vila viviam os ingleses que vieram para a região trabalhar na construção da ferrovia”, conta a corretora imobiliária, Maria Rosa Gomes Pacheco, de 69 anos. A tranquilidade e o estilo europeu das casas atraíram a portuguesa que se mudou em 1993. “Morávamos no Parque Bitaru, e sempre que eu passava na rua ficava admirada pelas casas. Aqui era um lugar muito tranquilo e seguro para as crianças crescerem”.

Portas fechadas e lendas

Em 1994, os moradores se reuniram e optaram por fechar a vila por motivos de segurança. “Os portões viviam sempre abertos aqui na rua e as pessoas passavam na frente das casas, mas por causa dos assaltos a gente resolveu fechar a vila”, explica a moradora Josefa de Almeida Amânsio, de 84 anos. Ela se mudou para o Jardim Aralinda há mais de 50 anos acompanhada dos seis filhos, devido à saúde do esposo que sofria com bronquite e precisava se mudar para o Litoral.

As mudanças não se deram apenas no quesito segurança, Rosa afirma que o relacionamento entre vizinhos mudou ao longo do tempo. “Sinto falta de como era o Jardim antes. Nos últimos 25 anos muita coisa mudou. Os vizinhos se reuniam para comemorar datas como festa junina e natal, onde cada um levava seu prato. Hoje em dia todos são mais reservados”. Apesar disso, ela afirma que o local é refúgio de sossego no meio do Centro. “Ainda acordo com os passarinhos cantando”.

O natal também traz boas recordações para Tânia Simões, de 56 anos, 22 desses no Aralinda. “A dona Maria era uma das fundadoras da vila e na época de natal adorava enfeitar a casa. Os vizinhos ficavam sentados na calçada testando os pisca piscas. Ela envolvia até as crianças, mesmo brigando com elas durante o ano”. Ali, as brincadeiras entre as crianças na rua e entre os jardins do condomínio também marcaram a história da vila. “A criançada brincava com buggys e ficava dirigindo em círculos por aqui. Outra coisa que faziam era vir todos brincar aqui em casa e quando escurecia as mães passavam recolhendo as crianças”.

A sazonalidade deu à vila lendas e mitos sobre a presença de espíritos mal-assombrados. A crença era motivada entre os moradores da Cidade porque as casas ficavam sob cuidados de caseiros que conservavam e limpavam as residências. “A lenda do Jardim Aralinda” conta que um grupo de crianças entrou no sótão de uma das casas do condomínio e acabou ficando preso já que a porta só possuía maçaneta no lado de fora. Após algumas horas, a porta foi destrancada sozinha, assustando-os.

Castelinho

Ao lado do condomínio, outra edificação também chama atenção de quem passa pelo cruzamento da Rua João Ramalho com a Cândido Rodrigues. Na esquina, o Edifício Castelinho se mantém conservado mesmo depois de 72 anos. Na fachada, as únicas modificações feitas foram a pintura e a construção de muros para segurança dos moradores. O síndico do prédio, Sérgio Pereira, conta a ligação do edifício com a vila vizinha.

“Contam que o prédio também foi feito para abrigar os ingleses que vieram trabalhar nas ferrovias da região. Além disso, o projeto do prédio foi elaborado por Umberto Gagliasso”. A edificação conta com uma chaminé feita para aquecer todas as dependências do prédio. Uma das curiosidades do local são os boatos de moradores ilustres que moraram lá e a presença de galerias subterrâneas que passariam debaixo da construção. “O ex-prefeito de São Paulo Miguel Colasuonno viveu no Edifício na década de 60. Outra lenda do Castelinho é que a família do ex-presidente Campos Salles residiu no prédio durante um período”.

 

Grupo Senzala realiza 40º Batismo de Capoeira neste domingo

A Associação de Capoeira Grupo Senzala realiza o 40º Batismo de Capoeira neste domingo (23), às 13 horas, no Ginásio Duque de Caxias, o Tejereba (Praça Horácio Lafer – Enseada). Durante o evento, que terá entrada gratuita, 78 alunos receberão cordões, como forma de graduação. O grupo é mantido com o apoio da Prefeitura de Guarujá, por meio da Secretaria de Esporte e Lazer (Seela).

A cerimônia, que terá alunos com idade entre 5 e 39 anos, é realizada a cada ano de aula dos participantes, por esse motivo, a celebração contará também com alunos mais experientes (em termos de graduação). O evento terá a presença de mestres de outros países como Inglaterra, Grécia, Holanda, Alemanha e Espanha.

“Dentro desse trabalho a gente tenta tirar as crianças da rua, além de ensiná-los um pouco da história do nosso país através da capoeira, que é elemento fundamental na cultura do Brasil”, disse o presidente do Grupo Senzala, Alberto José de Freitas, o Mestre Sombrinha, que agradeceu o apoio da Prefeitura e convidou os munícipes a comparecerem a cerimônia.

Os interessados em fazer parte do projeto devem ter mais de cinco anos de idade. As inscrições podem ser feitas, gratuitamente, no local e horário das aulas (Rua Antônio Monteiro da Cruz, 508 – Vicente de Carvalho), das 9 às 10h30; no período da tarde das 14 às 15h30; e no último horário das 19 às 21h30.

Batizado

Roda de capoeira solene e festiva, onde alunos novos recebem a primeira corda e demais alunos podem passar para graduações superiores. Em algumas ocasiões, pode-se ver formados e professores recebendo graduações avançadas, momento considerado honroso para o capoeirista

*Prefeitura de Guarujá

 

Duo Celta leva repertório medieval para o Sesc Santos

Formado por Gilson Barbosa e Kátia Galasso o Duo Celta apresenta, no palco do Sesc Santos (Rua Conselheiro Ribas, 136), nesta quinta, às 20 horas seu concerto gratuito com repertório baseado em músicas gaélicas folclóricas tradicionais de países como: Países de Gales, Inglaterra e Irlanda.

Mostrando ao público interpretações de obras datadas dos séculos XIII e XIV a partir de instrumentos pouco usais, como a harpa – mais antigo instrumento de corda do mundo -, e oboé o Duo possui um CD, intitulado “Celtic Light”, lançado pelo selo Anne Marie.

Durante uma hora de concerto a harpista e o oboísta da mostrarão, através da suavidade dos sons emitidos por ambos os instrumentos, toda a essência da cultura musical celta e medieval.

*Sesc Santos

 

O jeito manso do metaleiro Roddy B., da Abaddon

Do quarto chapado de pôsteres de bandas no Gonzaga para o estrelato no heavy metal britânico, Rodrigo Bevevino deu um pulo na carreira. Um salto de mais de três décadas que será celebrado em sua nova turnê como cantor da banda inglesa Abaddon. O ex-Avenger também integra o rock de Axxed Alysum.

Em seu aniversário de 7 anos, Rodrigo ganhou dois discos de seu padrinho. Trocou as canções inocentes do Balão Mágico para vibrar com os riffs violentos de Killers (Iron Maiden) e Creatures of the Night (Kiss). E ironiza sem dó: “joguei todos os outros discos pela janela”.

02De início, a trilha sonora do quarto não animou seus pais, mas o garoto se aplicou ainda mais nas aulas bilíngues da extinta Escola Americana. Dedilhando a guitarra e o baixo na adolescência, compôs suas primeiras músicas aos 12 anos.

Todas em inglês, “porque o bom rock tem que ser inglês. A gente vai se condicionando à língua ao escrever a letra”. Esclarece que a inspiração dos versos não segue metodologias. “Penso, começo uma frase e já faço a música de uma vez”. Confiante, inaugurou o palco do ginásio do Colégio Estadual Canadá com seus colegas. Entre aplausos escolares, surgia a Megaforce em 1986.

Assim, o jovem roqueiro abreviou o sobrenome: Rodrigo BV. As batidas de sua banda ritmaram o primeiro disco demo Epidemic (1988). No ano seguinte, detonou no rock de Dr. Die. Em sequência, tocou solos nas bandas locais Big Fish, Carnal Desire e KvorK. Com o microfone na mão, ganhou espaço nos programas de auditório reverenciando em cover os famosos Judas Priest, Scorpions (com a banda The Ripper) e Nevermore (Born), apresentando-se sob os holofotes do Brasil afora.

Rumo à Inglaterra

04Em 2008, largou a orla calorosa de Santos rumo às praias de 6ºC da Berwick-upon-Tweed, na Inglaterra. A opção pelo frio britânico não foi decorrência da música, mas para morar na mesma cidade dos sogros. Por lá, adotou o pseudônimo de Roddy B.

Diz não sofrer preconceito europeu. “Pelo contrário, eles elogiam bastante o Brasil. O tratamento é top. Só não entendem porque faço heavy metal se nasci na terra do samba”. Do outro lado do planeta, ele precisou reiniciar a carreira.

“Criei o BV.Inc, onde gravo músicas cantando e tocando todos os instrumentos”, comenta. Pelo notebook, sincronizou os sons nas faixas do seu CD virtual. Em uma semana, o projeto musical subiu ao topo do ranking de heavy metal num site de artistas independentes.

Em pouco tempo, arrepiou no baixo da Thick Skinned e migrou para a banda de covers Life Crisis, recebendo o convite da Maiden England de interpretar as canções do grupo que o inspirou na infância: o Iron Maiden. O tributo lançou-o a um novo patamar: tornou-se vocal da célebre The Avengers.

E em março de 2012, os fãs consagraram Roddy B em seu show de estreia na banda. “Costumo dar muito de minha apresentação, independentemente da quantidade do público”. Naquela vez, em Newcastle, era uma legião de 30 mil espectadores entusiasmados acompanhando em coro o repertório do santista.

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Cuidador de idosos nas horas vagas

Ser alto, voz potente e ter tatuagens pelo corpo são as raras semelhanças de Roddy B. com outros cantores do metal. Alheio a bebida alcoólica, cigarro e drogas ilícitas, ele nem gosta de som alto, principalmente quando está no volante. Entre risos: “Tento evitar ao máximo, porque, com o tempo, todo músico costuma se tornar surdo”.

Assim, resta três vícios ao vocalista: maçãs, água mineral – ele come até meia dúzia de frutas e bebe de três a quatro litros antes do show – e se dedicar a terceira idade. Se de noite ele é um rockstar, durante o dia, Roddy é um empenhado cuidador de idosos em uma clínica de repouso há quatro anos. Enumera os afazeres: “Ajudamos eles em seus exercícios físicos, damos banho, alimentação”.

Para ele, é mais difícil cuidar de 36 senhores e senhoras do que cantar para multidões. “Só que com eles, aprendi a ter compreensão, paciência”. Valores que reforçam o desejo de Roddy continuar na profissão. Sorte do seu filho, de cinco anos, que conta sempre com um pai capaz de oferecer o devido alento. “E ele curte rock, já está aprendendo bateria”, anima-se o pai coruja.

*Publicado originalmente em 5 de maio de 2013