Entrevista: ‘Tem rock na praia’, garante Carol Germano da Music Box

Entre uma aula de canto lírico e planos para novas gravações, a jovem cantora Carol Germano, comentou em entrevista ao blog um pouco mais da sua carreira. Aos 21, a moça de Praia Grande embarca nos últimos quatro anos no sonho de ter uma própria banda autoral: a Music Box.

Com o violão ao lado, ela divide o palco com Percy Castanho (Voz e Guitarra), Luiz Ramos (Teclado e Voz), André Ricardo (Baixo) e Bruno Soares (bateria). Assim, a ruiva coleciona milhares de espectadores, seguidores e, mais recentemente, até um fã clube. Neste bate-papo, aproveita para falar de suas experiências pessoais com a música.

Isso vai desde os puxões de cabelos dos fãs até o apoio imprescindível da família: “Quem está de fora pode achar impressionante os pais permitirem uma filha abandonar a faculdade, mas eu sou muito focada e meus pais enxergaram que eu não estou solta no mundo e sim, ralando como em qualquer outra profissão”.

Carol, você já dava canjas por aí nas casas de Praia Grande antes de entrar no Music Box em 2011. Você se lembra do instante em que fez o primeiro show? Como você estreou no microfone, lembra-se do repertório?

04Desde que nasci frequento bares, baladas e videokês com meus pais. Ouvi shows quando estava na barriga da minha mãe (risos). Então, já tinha amizades com músicos, já conhecia as bandas da região. Nos primeiros shows, eu ficava bem ansiosa, corria atrás, meus pais também me ajudavam e meus amigos que tocavam violão comigo.

Era bem novinha, mas nunca fui muito tímida e desde muito pequena eu canto em videokê, então, o lance de estrear o microfone não foi tão difícil. Me lembro que o repertório era bem mais light cantava Ana Carolina, Cássia Eller, até tinha uns AC/DC, mas era baseado na MPB.

Embora faça vocal, o violão já te acompanha de longa data. Como surgiu esta aproximação e ainda tem rotina de ensaios individualmente?

03Na verdade, como eu disse, eu comecei cantando em videokê, foi lá que eu percebi que gostava daquilo. Só com uns 12 anos fui estudar violão, gostei muito e na escola também tinha aula de canto. Logo em seguida iniciei também esse curso. Bem, desde então corro sempre atrás de treinar, estudar, ensaiar.

Eu dou aulas de canto atualmente, mas não parei de estudar, tenho minha professora de canto popular, tenho minha rotina de estudos e assim segue a batalha. Hoje mesmo iniciei aulas de canto lírico, acho fantástico e nunca estudei essa área. A primeira aula foi hoje [dia 4] e gostei logo de cara.

Enfim, de repente, eis o convite em montar a Music Box. Como você conheceu a antiga banda dos outros músicos a ponto de criarem a atual Music Box? Pode descrever como surgiu o convite?

Eles tocavam muito num bar na rua da minha casa e como eu sempre ia lá com meus pais e amigos, acabei fazendo amizade com eles. De repente já estava lá no palco dando canjas com eles. Me lembro que cantava Bon Jovi, Guns N’ Roses e Janis Joplin. A amizade foi crescendo, eles enxergaram que eu poderia mandar ver e cá estamos. Parece bastante com a história do filme Rockstar, que por sinal eu adoro.

Seus pais já te incentivavam a cantar na adolescência, da mesma forma, que o pai do Percy também tem longas histórias ao tocar com artistas da Jovem Guarda. Qual é o papel da sua família na sua escolha da carreira e que conselho eles dão a você no dia a dia?

05Meus pais vieram de família muito humilde, muito simples, minha mãe de Santos mesmo e meu pai do Ceará. Eles cresceram na vida batalhando e suando a camisa e hoje temos uma vida feliz e confortável. Acompanhando a história delas, já dá pra tirar bastante lição de vida. Eles me incentivam, vão aos shows e ainda fazem a maior propaganda minha e da banda, isso foi e é tão bom, nada melhor do que fazer o que ama e ter total apoio disso.

Assim como meus pais, eu não fiz faculdade, tranquei duas. Acho extremamente importante cursar uma faculdade, mas eu batalhei tanto em conjunto com a banda para virar cantora, professora de canto e ter uma agenda cheia de shows que o tempo ficou curto pra uma faculdade no momento.

Quem está de fora pode achar impressionante os pais permitirem uma filha abandonar a faculdade, mas eu sou muito focada e meus pais enxergaram que eu não estou solta no mundo e sim, ralando como em qualquer outra profissão.

A banda tem influências do rock nacional e internacional, de Queen e Beatles até Janis Joplin e Rita Lee. Mas, cá entre nós, quais são os cinco músicos que não saem da sua playlist?

Escuto bastante esses rocks e outros que a gente toca, como System of a down, Foo Fighters e tal, mas na minha playlist não pode faltar Joss Stone, Donavon Frankenreiter, Ella Fitzgerald, Etta James, Aretha Franklin.

Nestes quatro anos, vocês já conseguiram percorrer o Rio Grande do Sul e São Paulo. Mas e aquele show de 2013 que vocês embalaram 70 mil pessoas abrindo O Rappa, Chimarruts e Aliados em Santo André? Ou até mesmo, recentemente, abrindo a Virada Cultural em Santos? Pode descrever estas duas experiências desde a preparação até estar diante do público?

02Tocar para essa galera toda é animal. É o que a gente mais quer, lotar shows e levar a galera pra cantar e curtir nosso som com a gente. Nesses shows nós tocamos as nossas músicas e separamos alguns covers de bandas que nos influenciam pra tocar também. Tem vezes que a gente pergunta nas redes sociais qual cover ou qual autoral a galera quer curtir num determinado show.

Em Santo André em 2013 foi uma baita experiência, tínhamos acabado de lançar nosso primeiro EP, foi um dos maiores palcos e públicos que tocamos e até hoje a galerinha que foi no show é bem fã nossa. Quando eu desci do palco, fui para a área técnica que separava o palco do público e as pessoas queriam comprar CDs, tirar fotos, tirar um pedaço do meu cabelo vermelho. Foi uma das primeiras amostras gigantescas de carinho com o público como banda autoral.

Na Virada Cultural foi um convite e tanto poder participar deste mega evento em nossa cidade natal. Ver a galera cantando nossas músicas em plenos pulmões é sempre impressionante, dá um gás pra que a gente continue tocando, produzindo. Sem pensar na mídia da região que fez o maior auê pra gente, fomos parar em TVs, revistas, jornais e aparecemos por aqui no blog também. Esse prestígio e valor da galera de casa é muito importante pra gente se sentir sempre acolhido.

No repertório, a Music Box já lançou EP e compôs músicas autorais, sendo a mais recente ‘Ainda estou de pé’. Estão planejando alguma nova turnê ou single para este semestre? Aproveitando, com estas canções, o que a banda quer propor ao público?

Já vamos entrar em estúdio novamente e produzir novas músicas, temos algumas coisas prontas, mas botar a máquina pra criar mais é muito bom e pode sair coisas melhores ainda. Recentemente ganhamos um fã clube de presente de uma galerinha muito legal, a Carla, a Mands e o Daniel.

06Chama-se ‘Nosso Tempo Começou’ e vamos tentar ficar mais próximos da galera que curte a gente através ele. Quem se cadastrar no site vai ganhar material exclusivo, vamos sortear um violão, uma bike do Ozzy, vai rolar ‘Meet and Greet’ etc. Estamos planejando o possível pra retribuir todo o carinho que nossos fãs têm com a gente através do fã clube.

Sobre as nossas músicas, a gente quer fazer o que a gente gosta. Desde o início a gente faz o que a gente gosta e sempre deu certo, a galera sente que a energia é boa, que é verdadeiro, que tem amor naquilo. Nas letras a gente fala da nossa praia, da nossa região, de amor, de situações da vida com algumas frases de incentivo.

A música no Brasil tá muito perdida, são feitas pra dançar e rebolar e não pra passar uma mensagem, sentimento, reflexão. É maior legal dançar também e tem espaço pra todo mundo, mas o rock brasileiro precisa ser alimentado. A gente vai levar nosso rock popular brasileiro pra todo mundo. Nós somos do rock, tem rock na praia, Brasil!

*Lincoln Spada

 

Music Box lança EP ‘Identidade’ durante Virada em Santos

Pela primeira vez no maior evento cultural da cidade, a banda Music Box faz a abertura da Virada Cultural no palco principal montado na Praça Mauá, no Centro Histórico. O grupo pop/rock começa esquentando a noite com suas músicas próprias e covers especiais às 19h30 e em seguida grandes nomes da música vão embalar a noite com outros gêneros musicais

A banda conta com cinco integrantes: Carol Germano, vocalista; Percy Castanho Vocalista e Guitarrista; André Ricardo, baixista; Bruno Soares, baterista e nos teclados, Luiz Ramos. O grupo santista tem 4 anos de carreira e além de tocar em todas as cidades da Baixada Santista, também sobe a serra até São Paulo, Sorocaba e Atibaia.

O convite para subir ao palco da Virada deixou os integrantes da banda animados. “A gente estava tocando no Rio de Janeiro em um evento fechado quando me ligaram convidando a banda pra tocar na Virada Cultural. Depois que a ficha caiu ficamos inquietos para que a data marcada chegasse logo pra gente poder mostrar nosso trabalho e nosso novo EP”, conta Percy Castanho

Para tornar a apresentação ainda mais especial, haverá o lançamento do segundo EP intitulado “identidade” que conta com cinco músicas autorais que são: O Que Eu Sou, De Frente Pro Mar, Ainda Estou De Pé, Caos E Paz e Verão De Dois. Assim como o primeiro EP, este também foi produzido pelo Nando Basseto, guitarrista do Garage Fuzz.

Carol Germano é vocalista da banda e dá uma dica pra quem vai até a Praça Mauá prestigiar o evento. “Temos um canal no Youtube onde todo mundo pode acessar e conhecer nossas músicas novas. Pode até decorar pra cantar junto com a gente (risos), e quem tiver mais animado vai levar pra casa o nosso CD. Vamos sortear alguns durante a apresentação, que eu tenho certeza que vai espantar o friozinho”

Quem for assistir ao show e ficar com um gostinho de quero mais tem outra oportunidade na mesma noite de prestigiá-los mais uma vez. A banda se apresenta no Café Teatro Rolidei: Av. Pinheiro Machado, 48, dentro do Teatro Municipal, 3° piso, às 22h30. Mas se a curiosidade for maior ainda, é só seguir a Music Box no Facebook, Instagram e Youtube pra ficar por dentro das novidades.

*Jéssica Alves

 

Banda Music Box lança EP ‘Identidade’ com cinco faixas

O segundo EP da banda Music Box sai do forno após um ano de preparação e está disponível no canal do grupo no Youtube. Produzido por Nando Bassetto, guitarrista da banda Garage Fuzz, a criação, escolha do repertório e gravação foram cuidadosamente analisados e resultam em cinco músicas autorais: “O Que Eu Sou”, “De Frente Pro Mar”, “Caos e Paz”, “Verão De Dois” e “Ainda Estou De Pé”.

O single “Ainda Estou De Pé” foi divulgado em forma de Lyric Vídeo na página Youtube.com/bandamusicbox há uma semana e já ultrapassou duas mil visualizações. A música transmite o conceito de superação após o término de um relacionamento. “Decidimos usá-la como música de trabalho porque durante as gravações ela foi ganhando força e percebemos que as pessoas se identificaram de imediato com a letra”, explica Percy, vocalista e guitarrista.

02Mostrar a personalidade da banda é o foco principal neste novo trabalho. As composições passeiam desde o rock com riffs pesados até a delicadeza de um trio de cordas. Dessa reflexão resultou o nome do EP – Identidade. “Todas as faixas foram criadas e produzidas com muito carinho, colocamos totalmente a nossa identidade nelas. Tem balada rock/pop, mas também tem rock de verdade com uns bons gritos do jeitinho que a gente gosta e faz nos palcos“, conta Carol Germano, vocalista.

Além de estar no canal do Youtube da banda, onde pode ser ouvido gratuitamente, o EP “Identidade” também está disponível nos mais diversos meios de divulgação e venda de música digital, tais como Itunes Store, Google Play, entre outros. A música de trabalho “Ainda Estou de Pé” deve em breve entrar na programação da rádio Jovem Pan Santos, além de outras espalhadas pelo país.

Sobre a Music Box

A banda é formada por Carol Germano, Percy Castanho, Luiz Ramos, André Ricardo e Bruno Soares. Visite o site: www.bandamusicbox.com.br.

*Jessica Alves