‘Aqueles que nos inspiram’ é tema da nova Revista Guaiaó

Por Lincoln Spada

Neste sábado (dia 21), às 19h, acontece o lançamento da nova edição da Revista Guaiaó (nº 12), no Barkanas 53 (R. Azevedo Sodré, 53). A revista é editada por Marcos Piffer.

Nesta edição, o tema são histórias inspiradoras da Baixada Santista, como a rapper Preta Rara, o produtor cultural Zé Virgílio, a artista plástica Fixxa, a contadora de histórias Camila Genaro, entre outros.

A revista também contempla textos de Flávio Viegas Amoreira, Gino Caldatto, Gisela Kodja, Marcus Vinícius Batista, Natália Barros, Roberto de Sá, Soren Knudsen, e imagens assinadas pelo próprio editor da publicação.

 

Historiador lança livro sobre a escola de samba X-9, em Santos

Por Marcus Vinicius Batista

O historiador Odair José Pereira lança na próxima quinta-feira, dia 15, o livro “Não somos bandidos – a história da escola de samba X-9”. O lançamento acontece a partir das 18 horas, na Casa da Frontaria Azulejada, na rua do Comércio, 92, no Centro de Santos. “Não somos bandidos” conta a história dos dez primeiros anos da escola de samba X-9, de 1944 a 1954, conhecida como A Pioneira. A obra, dividida em três capítulos, tem 204 páginas.

O nome do livro se refere a um samba feito por integrantes da escola, em 1954. Na época, a escola precisava de autorização da Delegacia de Diversões Públicas. O delegado, antes de autorizar, chegou a classificar os sambistas como marginais. O samba foi uma resposta da escola. O livro é fruto – sofreu alterações para o mercado editorial – do TCC do autor em História. A obra passa pelas origens do carnaval, em Santos, mostrando as batalhas de confete, os movimentos carnavalescos, a interferência da imprensa, até chegar na formação das primeiras escolas de samba.

A X-9 surgiu neste cenário. Logo no início da história, a X-9 teve como maior adversária a Brasil, outra escola tradicional da cidade. É importante salientar que o crescimento do carnaval tem relação direta com os movimentos dos trabalhadores, principalmente portuários. A X-9 nasceu no Macuco, bairro de origem portuária. Ainda na década de 40, a X-9 subiu a serra. Ganhou carnavais em São Paulo e fez muito sucesso na Capital no início da década de 50, a ponto de influenciar, inclusive, a criação de sambas-enredo.

O livro conta também a história das primeiras personalidades importantes do carnaval, como Tia Inês e Dráuzio da Cruz. Ele dá nome à passarela do samba, em Santos.
Em “Não somos bandidos”, Odair mostra que o samba tem origens, na cidade, no movimento dos quilombos. O livro volta até o quilombo do Pai Felipe, no século 19. Um mito derrubado: o carnaval de Santos sempre teve apoio do Poder Público. No início das escolas de samba, todos os recursos vinham da Prefeitura.

O livro, com tiragem de mil exemplares, foi contemplado pelo PROAC, da Secretaria do Estado da Cultura, e teve apoio institucional da Fundação Arquivo e Memória de Santos.
Odair é formado em História pela Universidade Católica de Santos (UNISANTOS). É professor de História, atualmente, na rede estadual de ensino. Em 2017, inicia um mestrado em História na Universidade Federal do ABC.

 

‘Crônicas Musicais’ tem início no Bistrô e Empório Plic Ploc neste dia 3

Informações via Diário do Litoral

O projeto Crônicas Musicais estreia neste sábado (dia 3), às 15h, no Bistrô e Empório Plic Ploc (Avenida Almirante Cochrane, 222/Santos). A iniciativa une os professores da Unisanta Cid Marcos e Marcus Vinicius Batista – o primeiro é músico, o outro, jornalista. Os dois vão mesclar um repertório de dez músicas e dez crônicas, visando estabelecer um casamento entre letras, melodias e literatura. Mais do que conectar as linguagens musical e literária, a proposta é interligar sentidos e temas, inclusive de fundo social.

Cid Marcos, que tem 30 anos de vida musical como guitarrista e vocalista, fará voz e violão de hits do rock nacional e da MPB, a partir dos anos 80. De Lulu Santos ao Rappa, de Lobão aos Paralamas do Sucesso. Hoje, Cid toca nas bandas Discover e Os Insistentes, tradicionais na noite santista. Marcus Vinicius Batista é jornalista desde 1992 e lerá crônicas escritas nos últimos dois anos, sendo três delas publicadas no livro “Quando os Mudos Conversam”.

 

Eugênio Martins Jr. lança campanha para livro ‘Blues – the backseat music’

Por Marcus Vinicius Batista

O jornalista e produtor cultural Eugênio Martins Júnior lançou nesta quarta, dia 5, uma campanha de financiamento coletivo (https://www.kickante.com.br/blues) para publicar o livro “Blues – the backseat music”, o primeiro da carreira dele. O livro traz 57 entrevistas de músicos e produtores, do Brasil e dos Estados Unidos. Gente como Celso Blues Boy, André Christovam, John Paul Hammond e Jefferson Gonçalves.

O termo “backseat music” (música do banco de trás) veio do músico norte-americano Rod Piazza. O blues, com mais de cem anos de existência, seria um gênero serviu de influência para outros estilos musicais. “O blues é incontestável”, acrescentou Eugênio. A obra conta também como o blues chegou ao Brasil e se desenvolveu no país. O prefácio foi feito pelo guitarrista angolano Nuno Mindelis, também um dos entrevistados.

a2A campanha de financiamento coletivo tem como meta R$ 25 mil, que permitiriam a impressão de mil exemplares. Entre as recompensas, os doadores podem ganhar outros livros e CDs, além de ingressos para um show de blues na noite de lançamento, prevista para janeiro de 2017. Duas recompensas também foram criadas para empresas que desejem patrocinar o projeto.

Segundo Eugênio Martins Júnior, o livro não apenas mostra a trajetória dos pioneiros do gênero musical no Brasil, como também retrata a diversidade cultural em torno da música e a influência dos músicos da região sul dos Estados Unidos. “Escrever sobre blues é tornar profissional o que sempre foi um hobby. E esses músicos precisam ser valorizados pelo conteúdo que produzem. O gaitista Jefferson Gonçalves, por exemplo, mistura baião com blues.” “Blues – the backseat music” será editado pelo Ateliê de Palavras, editora criada em 2014 com o objetivo de valorizar e publicar trabalhos literários de escritores da Baixada Santista.

 

Gibiteca e biblioteca recebem atividades da Semana da Cultura Caiçara

A Biblioteca Municipal Mário Faria (Posto 6, na orla do Aparecida) e a Gibiteca Municipal Marcel Rodrigues Paes (Posto 5, orla do Boqueirão) recebem eventos da Semana da Cultura Caiçara, ambos com entrada franca.

Nesta terça-feira (15), a partir das 16h, a ‘Mulher Caiçara’ será homenageada no 1º Concurso Literário de Crônicas do Acervo dos Escritores Santista. O evento também celebra o último dia da Semana Internacional da Mulher, na Biblioteca Mário Faria.

Gibiteca

No sábado (19), às 10h, ocorre a oficina ‘Como fazer uma HQ – Do Início Ao Fim’. Ministrada por Clayton InLoco, quadrinista autor de ‘Hurulla’, a oficina de produção de história em quadrinhos terá como tema as lendas caiçaras. Os interessados devem levar lápis, papel e borracha.

Já no domingo 20, a partir das 17h30, produtores e realizadores culturais de Santos debatem a arte e a produção cultural regional no painel ‘Culturalmente Caiçara’. A entrada é gratuita. O jornalista e editor do ‘Ateliê de Palavras’ Marcus Vinicius Batista se junta ao crítico de cinema André Azenha, ao responsável pela revista pela revista Mirante Valdir Alvarenga e aos produtores da ‘Santos Comic Expo’ batem papo com o público sobre os caminhos da cultura da região.

*Prefeitura de Santos

 

Historiador lança livro sobre único brasileiro sobrevivente ao Holocausto

Andor Stern é um senhor de 87 anos. A aparência frágil se deve em parte à idade avançada, em parte às consequências físicas do tempo que passou em Auschwitz, o mais famoso campo de concentração da Segunda Guerra Mundial. Andor nasceu no Brasil, mas era um adolescente que vivia na Hungria quando foi preso pelos nazistas.

A vida dele em campos de concentração é contada no livro Uma Estrela na Escuridão (Ateliê de Palavras), do historiador e professor santista Gabriel Davi Pierin. O lançamento da obra acontece no próximo sábado, às 17 horas, na Estação da Cidadania (Av. Ana Costa, 340), em Santos. Além do lançamento, haverá bate-papo com o próprio Andor Stern, no mini-auditório da Estação.

Gabriel levou quase dois anos para concluir o livro, que também celebra os 70 anos do final da Segunda Guerra Mundial. Ele e Andor viajaram por seis países da Europa para pesquisas e entrevistas, no ano passado, trajeto que incluiu uma visita à Hungria e ao campo de concentração de Auschwitz, na Polônia.

O livro mistura duas formas narrativas. Em terceira pessoa, Gabriel detalha o contexto histórico da Segunda Guerra Mundial. Em primeira pessoa, acontece o testemunho de Andor, que envolve a fome no campo, a morte de amigos, a perda de familiares, a violência diária, o medo nos vagões antes da liberdade, a busca por parentes na Hungria depois da Guerra e a viagem de volta ao Brasil.

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Num trecho do livro, Andor fala de seus sonhos enquanto estava confinado em 1944, em Auschwitz. “Daqui há cinco, dez anos o que eu quero? Eu queria ter um sapato que não machucasse o meu pé; se tivesse meia então seria um luxo. Desejava uma roupa limpa que não tivesse piolho e que me cobrisse para não sentir frio. E também um bolso enorme que pudesse guardar um pão para comer a hora que quisesse. Além disso, ter liberdade para determinar onde e quando quisesse ir.”

Atualmente, Andor Stern reside em São Paulo, onde ainda trabalha, e realiza palestras pelo país para compartilhar suas experiências e falar sobre respeito e tolerância ao outro.

Gabriel Davi Pierin tem 41 anos e se formou em História pela Universidade Católica de Santos (Unisantos), além de Administração de Empresas pela Universidade Metropolitana de Santos (Unimes). É autor de outros dois livros: “Santos Foot-ball Club: o Nascimento de um Gigante” e “Uma Escola para a Vida”. Informações: https://www.facebook.com/umaestrelanaescuridao

*Marcus Vinicius Batista

 

Pré-estreia de ‘De Cabeça Erguida’ conta com debate sobre maioridade penal

Filme que abriu o Festival de Cannes deste ano, “De Cabeça Erguida” é uma produção francesa que estreia no Brasil em 17 de setembro. Uma semana antes, na quinta-feira, dia 10, 21h, o Cine Roxy 4 do Shopping Pátio Iporanga, em parceria com a distribuidora Mares Filmes, promove uma pré-estreia do filme que será seguida de um bate-papo sobre a questão da maioridade penal.

Participarão a advogada e ativista na área de Direitos Humanos, Tatiana Evangelista, e o advogado e Secretário do Conselho Municipal da Juventude de Santos, Rafael Santos de Paula. Cada um com uma visão a respeito do assunto. A mediação será do jornalista Marcus Vinicius Batista. O evento é para convidados, mas convites serão sorteados nas redes sociais do Roxy.

O objetivo do encontro é promover o debate a respeito de uma questão que tem estado em voga no Brasil nos últimos meses, partindo da trama abordada no filme, que tem causado sensação em festivais de diversos países.

O filme:

A juíza Florence Baque (Catherine Deneuve) conhece Malony (Rod Paradot) quando tinha apenas seis anos, devido à negligência de sua mãe (Sara Forestier) em cuidá-lo. Os anos passam e Malony torna-se um jovem delinquente, que rouba carros e agride as pessoas à sua volta, tanto verbalmente quanto fisicamente. Diante da situação, a juíza o encaminha para um centro de recuperação de delinquentes juvenis e ele passa a ter Yann (Benoît Magimel) como tutor. Obrigado a seguir as novas regras, Malony faz o possível para manter sua liberdade e intransigência. “De Cabeça Erguida” (La Tête Haute) tem direção e roteiro da premiada Emmanuelle Bercot (“Ela Vai”) e é estrelado por Catherine Deneuve, Benoît Magimel, Sara Forestier e grande elenco.

Sobre os debatedores:

Tatiana Evangelista, Advogada, Militante e ativista na área de Direitos Humanos, especialmente nas questões Étnicorracial (Inclusão e Combate ao Racismo) e de Gênero (Igualdade e Combate à Violência contra a Mulher). É Secretária da Comissão de Igualdade Racial da OAB Santos, membro do Conselho da Comunidade Negra de Santos, Assessora Jurídica do Projeto Social “Muito Prazer! Meu Nome é Hip Hop, Coordenadora da “Articulação em prol da Educação para as Relações Etnicorraciais, Membro da Associação em prol do Combate à Violência contra a Mulher “União de Mulheres de Santos”.

Rafael Santos de Paula, 23 anos, é advogado junto ao Escritório Ursini e Associados. Participando ativamente da elaboração de políticas para juventude desde 2013, atualmente ocupa os cargos de Presidente da Comissão Municipal de Transportes de Santos e de 1º Secretário do Conselho Municipal da Juventude de Santos. No que diz respeito ao tema em debate, já defendeu a redução em diversos eventos, acadêmicos e políticos, perante diferentes públicos.

Marcus Vinicius Batista é jornalista e professor universitário.

*André Azenha

 

Opinião: O outro olhar à ditadura com ‘O Berro da Ovelha Negra’

Uma senhora pedindo silêncio ao ladrão por estar vendo novela. Uma máquina com seu dedo gigante esmagando um trabalhador. E um torturador praticando sadismo com sua mulher. No auge da ditadura militar, quaisquer traços contra os valores da pátria ou seriam dignos de crime de Estado, ou de serem publicados no jornal de cartuns Ovelha Negra. E uma parte desta alma errante está no livro ‘O Berro da Ovelha Negra’, de Osvaldo DaCosta, pelo Ateliê das Palavras.

O título é um tratado de 147 páginas sobre o humor gráfico, pois enquanto pesquisa acadêmica, o mestre em Comunicação pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul, DaCosta alimenta o leitor de conceitos desde o tracejado dos nossos antepassados na antiguidade até o conceito grego dos quatro elementos que equilibram nosso corpo.

02“O filósofo Aristóteles atribui aos seres humanos a condição de ‘o homem é o único animal que ri'”, cita o autor no livro e, a todo instante, busca alargar nossos lábios com os sarcasmos bolados no humor gráfico. Assim, ele inicia a obra definindo a origem da caricatura, do charge, do cartum e dos quadrinhos. O Pasquim, Bondinho, Opinião e outros periódicos durante a ditadura também ganham destaque nas páginas.

As dezenas de referências endossam a pesquisa, como um prato cheio a inspirar novos escritores sobre o tema (ao meu ver, esse o maior mérito do livro). Principalmente pela generosidade de se atentar a apenas um dos diversos veículos de humor, mas não menos importante. Idealizado por Geandré, o Ovelha Negra consistia em dois terços de desenhos, recebendo centenas de imagens de artistas de todo o Brasil, como Nani, Laerte e os irmãos Caruso.

03Está tudo contemplado nas análises e conversas de DaCosta e Geandré. O planejamento do editor do jornal em plena cozinha até a busca de anunciantes e circulação dos jornais. A mudança dos logotipos feita, entre outros, por Henfil, é uma das curiosidades bem-vindas no registro deste livro exemplar. Só a descrição minuciosa interpretada cada imagem gera certa apatia, no entanto, para qualquer pesquisa é necessário contextualizá-las. E não perder o contexto de revisitar o bom humor nos jornais (em extinção) do País.

*Lincoln Spada

DaCosta lança livro sobre imprensa alternativa ‘O Berro da Ovelha Negra’

O cartunista, ilustrador e professor Osvaldo DaCosta lança neste domingo, dia 24, a partir das 15 horas, o livro ‘O Berro da Ovelha Negra’ (Ateliê de Palavras). O lançamento acontece na Pinacoteca Benedito Calixto (Av. Bartolomeu de Gusmão, 15/Santos). Embora tenha vencido salões de humor dentro e fora do país, DaCosta publica um livro pela primeira vez.

A obra é fruto da dissertação de Mestrado em Comunicação pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul e conta a trajetória do jornal Ovelha Negra, publicado em São Paulo na metade da década de 70. O livro é o resultado de cinco anos de pesquisas sobre o assunto.

O Ovelha Negra foi uma publicação de resistência à ditadura militar e que privilegiava o trabalho de cartunistas e ilustradores. Ícone da imprensa nanica e alvo da censura, o jornal deixou de existir após oito edições. O Ovelha Negra abordava diversas temáticas, como economia, política e crítica social. O jornal publicou cartunistas como Paulo Caruso, Nani, Reinaldo (Casseta & Planeta), entre outros nomes. A primeira edição saiu com cem cartuns.

01Segundo DaCosta, o Ovelha Negra seguiu na esteira do Pasquim, editado no Rio de Janeiro. Mas, diferentemente dele, o Ovelha Negra focava o desenho de humor, o que foi considerado uma inovação para o período. Após o lançamento em Santos, DaCosta levará o livro ao Salão de Humor de Piracicaba, no final do mês, e ao Porto Cartoon, em Portugal, em junho.

DaCosta

DaCosta tem mais de 30 anos de carreira. Atuou em agências de publicidade em São Paulo, além de passar pelos principais jornais da Capital, como Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e Jornal da Tarde. Publicou também em revistas da Editora Abril. Ziraldo escreveu, no extinto Pasquim 21, que DaCosta era “o último desenhista de humor” do Brasil.

Radicado em Santos há mais de uma década, DaCosta venceu duas vezes o Salão de Humor de Piracicaba. Ele foi premiado também por duas vezes no PortoCartoon, em Portugal, além de salões na Espanha e no Irã. Atualmente, DaCosta dá aulas na Universidade Santa Cecília (UNISANTA) e na Escola Oficina, ambas em Santos. Ele é um dos organizadores do Sketchcrawl Santos, maratona bimestral de desenhos que acontece na cidade desde 2009.

*Marcus Vinícius Batista

 

Curso ensina a conhecer a história e os tipos de cerveja em Santos

A cerveja é um alimento mais antigo do que o pão, com registros históricos de 10 mil anos. O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do planeta, mas o 17º no ranking de consumo. Embora a preferência do público seja pela cerveja Pilsen, há dezenas de tipos no mercado, que cresceu 4,9% no ano passado, quando produziu mais de 14 bilhões de litros.

Para satisfazer e esclarecer a essas e outras curiosidades deste universo alcoólico, o historiador, brewer e sommelier de cervejas Ricardo Rugai vai ministrar, no dia 20 e 27 de maio, o curso História e Degustação de Cervejas. Os dois encontros, das 19 às 21h30, acontecem, no Estúdio Flexa Arts, em Santos. O investimento é de R$ 180 (bebida incluída).

As aulas abrangem a evolução da cerveja desde a Antiguidade até os dias atuais, além de explicações sobre os tipos de cerveja e degustações ao final de cada encontro. Segundo Ricardo Rugai, a cerveja consta em registros sumérios de 4000 a.C., além de ser encontrada em artefatos arqueológicos de 10 mil anos, no princípio da Revolução Neolítica. Na Antiguidade, era doce, turva, quase sem gás e servida à temperatura ambiente.

Na Idade Média, a cerveja foi produzida pela Igreja em mosteiros que testavam ervas de todo tipo para conservar a bebida. O lúpulo entrou na receita no século XII, adicionando novos sabores e durabilidade à cerveja, uma bebida então sagrada.

02Rugai explica que a cerveja que bebemos hoje nasce também dos avanços da Revolução Industrial: controle da secagem dos maltes, refrigeração artificial, pasteurização (inventada para a cerveja, e não para leite) e a descoberta e controle das leveduras responsáveis pelo milagre da conversão do açúcar em álcool e gás carbônico.

“Hoje, assistimos a um movimento contraditório: por um lado, o capital se concentra e dá origem às megacervejarias com presença mundial; por outro, emerge um grande movimento de valorização das cervejas artesanais, buscando sabores que vão muito além dos padrões de mercado”.

O curso História e Degustação de Cervejas é uma parceria entre o Estúdio Flexa Arts e o Ateliê de Palavras – Conteúdo e Edições. O estúdio fica na avenida Conselheiro Nébias, 726, cj. 104.
As inscrições podem ser feitas pelo e-mail contato@flexaarts.com.br.

Ricardo Rugai

Ricardo Ramos Rugai é Home Brewer e Sommelier de Cerveja, formado pela ABS (Associação Brasileira de Sommelliers). Ele é um dos responsáveis pela NOSOTROS Cerveja Artesanal. Além disso, é Doutor em História Econômica pela USP e professor universitário.

*Marcus Vinícius Batista