Cadeia Velha: Saiba as ações pró-Oficinas Culturais nas demais cidades de SP

Por Lincoln Spada

O fechamento das unidades do litoral e interior paulista das oficinas da Secretaria da Cultura do Estado têm provocado campanhas e intervenções artísticas pela garantia da participação estadual na formação dos artistas. Em Santos, ainda há o foco do Centro Cultural Cadeia Velha como finalidade de artes integradas. O espaço foi reinaugurado em agosto e é um dos poucos edifícios estaduais usados pelo programa, hoje gerido pela OS Poiesis.

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Duas rodas de conversa estão agendadas no local: uma na terça-feira (dia 6), às 19h, voltada à comunidade para articular propostas de ação; outra na quarta-feira (dia 7), também às 19h, voltada a dialogar tais ideias com gestores públicos de Santos e Região. Noutras regiões, a maioria das unidades ou estão em sedes provisórias ou em centros municipais. A proposta já anunciada pela equipe do secretário estadual José Roberto Sadek é de que as atividades no próximo ano sejam exclusivamente em prédios municipais.

De moção a sarau-protesto

O movimento cultural de Limeira é o mais ativo na defesa das oficinas culturais, hoje já instaladas em um palacete municipal. Uma campanha virtual #FicaOficina envolve a OC Carlos Gomes já percorre faculdades e lojas, resultando também em camisas e placas erguidas por centenas de artistas, ativistas e apoiadores. No último dia 29, um ato na Câmara rendeu em uma moção de autoria do parlamentar Farid Zaine (PR), buscando sensibilizar o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Uma programação artística constante no largo e pela cidade busca o apoio da população.

Na cidade de São José do Rio Preto, um vídeo-protesto reuniu dezenas na segunda-feira (dia 28), para tentar reverter que a OC Fred Navarro seja desativada. Afinal, o programa já mantém parceria direta com o município, entendendo que a oficina está dentro do centro cultural municipal. Eles também mobilizaram um abaixo-assinado, a fim de agregar 5 mil apoiadores. Em Marília, a própria OC Tarsila do Amaral protagonizou um sarau-protesto contra o fechamento no dia 1º. Já a descontinuidade da OC Altino Bondesan em São José dos Campos ganha repercussão nas redes sociais.

Prefeituras em cautela

Dividindo espaço com a Diretoria Regional de Ensino, a OC Timochenco Wehbi é tema de mobilização de seus participantes nas redes sociais, em Presidente Prudente. A Administração Municipal foi cautelosa sobre o fato: “tudo depende do repasse do governo estadual ao município, que não tem condições de arcar com eventuais oficinas hoje mantidas pelo Estado”. A reação foi oposta na Prefeitura de Ribeirão Preto. Lá a secretária de cultura Dulce Neves comemorou em assumir as atividades, hoje realizadas pela OC Cândido Portinari num andar de um condomínio.

Em Sorocaba, a OC Grande Otelo está envolvida noutra questão: a antiga sede (Fórum Velho) está em reforma há dois anos, com verba estadual inicialmente de R$ 1,7 milhão. Agora, artistas mobilizam deputados locais. Um deles foi o parlamentar Raul Marcelo (PSOL). ”Por que foi rescindido o contrato administrativo com o Poiesis?”, foi um dos questionamentos que ele enviou à Secretaria da Cultura do Estado. O movimento cultural local ainda agenda um festival com o tema “desmonte da cultura” e estudam acionar o Ministério Público sobre o caso.

Orçamentos reduzidos

Por sua vez, em São Carlos, a OC Sérgio Buarque de Holanda passou este ano a atender de 13 para 50 municípios. Mas seu orçamento caiu pela metade no mesmo período (hoje R$ 50 mil anual). Dezenas protestaram no domingo (dia 27) com passeata e abraço simbólico. Assim, por unanimidade, a Câmara aprovou uma moção apelando ao Alckmin pela garantia da oficina. Já em Iguape, não há notícias sobre o fechamento ou resistência cultural pela OC Gerson de Abreu, apenas de que o casarão sob gestão estadual também teve uma reforma iniciada em 2014 em R$ 1,5 milhão.

As Oficinas Culturais é um programa da Secretaria de Estado da Cultura que durante mais de 20 anos promove cursos de iniciação e capacitação artística nas mais diferentes áreas, com atividades oferecidas para todas as faixas etárias. Atualmente, são cerca de 15 unidades em todo o Estado que atendem mais de 400 municípios, com mais de 71 mil vagas abertas por ano nas diferentes atividades oferecidas. Mas o contrato inicial do conjunto do programa que previa R$ 33 milhões à OS Poiesis será reduzido em lei orçamentária para R$ 12 milhões em 2017.

 

Ponto MIS em Marília recebe oficina de produção audiovisual

A Secretaria Municipal da Cultura, em parceria com o Museu da Imagem e do Som (Pontos Mis), tem inscrições abertas para a Oficina “Produção Audiovisual”, com Marcelo Perdido. A Oficina é gratuita, conta com 20 vagas e acontecerá na Sala de Projeção Municipal, sede do Pontos MIS em Marília, no dia 4 de março, das 19 às 22h. Os interessados devem ter idade mínima de 16 anos e podem fazer suas inscrições no próprio local que fica no Centro Cultural, Avenida Sampaio Vidal, 245, entrada pela Avenida Rio Branco.

Para o oficineiro e diretor Marcelo Perdido, ter um vídeo bem produzido é cada vez mais necessário para diferentes plataformas de comunicação. “Nesta oficina, os alunos aprenderão os fundamentos da parte conceitual, técnica e criativa para criar – com poucos recursos – um vídeo que se destaque, orientamos que os participantes de preferência levem suas câmeras de vídeo”, disse.

Marcelo é videomaker já há 10 anos, formado em publicidade pela Mackenzie e Pós-Graduado em Criação de Imagem e Som em Meios Eletrônicos pelo Senac, onde defendeu a tese do criador solitário, modelo de trabalho que logo adotaria com os avanços do vídeo digital. Foi diretor de programas na MTV Brasil, e dirigiu trabalhos para RedBull, Coca-Cola, Adidas, Mercedez, atualmente dirige conteúdos para Google e Capricho.

Segundo a Secretária Tais Monteiro, Secretária Municipal de Cultura “Estamos renovando o Termo de Parceria com o Museu da Imagem e do Som por entender a importância de trazer não só os filmes, mas estas oficinas totalmente gratuitas para os marilienses com temas tão atuais e relevantes”. Em abril acontecerá também a Oficina “Rir é o melhor remédio” com o crítico de cinema, professor, pesquisador e jornalista Sérgio Alpendre.

*Prefeitura de Marília

 

Marília abre inscrições para projeto Teatro da Cidade

Devido ao sucesso das três edições anteriores, a Secretaria de Cultura de Marília abre a partir do dia 23 de fevereiro (2ª feira), as inscrições para o Projeto “Teatro da Cidade” 2015, com aulas de teatro gratuitas para todas as idades. As inscrições, gratuitas, serão realizadas no Museu de Paleontologia de Marília (com Rita de Cássia ou Ivone Silva), ao lado da Biblioteca Municipal, de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30.

Para se inscrever, os interessados devem preencher uma ficha de inscrição, sendo que menores de idade devem estar acompanhados por um pai ou responsável. As aulas terão início no dia 04 de março, no piso superior da Biblioteca Municipal (entrada pelo Museu de Paleontologia). O projeto, com duração de 11 meses, é coordenado pelo arte-educador Márcio Martins e tem como objetivo incentivar a produção de teatro em nossa cidade, formando novos grupos de teatro não profissional e orientar e dinamizar a produção dos já existentes ainda não conhecidos. Assim, os arte educadores de teatro atuam como agentes culturais, fomentadores da atividade teatral em nosso município.

“O projeto tem como objetivo fomentar a construção artística na cidade. É uma excelente oportunidade para que as pessoas conheçam suas potencialidades e tenham uma experiência teatral e expressiva. Pela arte podemos possibilitar que os alunos desenvolvam a comunicação, crie senso crítico e esteja de fato inserido no nosso contexto social como sujeito agente”, disse Márcio Martins, coordenador do projeto ‘Teatro da Cidade’. Para Ivone Silva, coordenadora da Secretaria da Cultura e responsável pelo projeto, o trabalho de formação cultural é muito importante e todos tem oportunidade de participar.

“O projeto consiste em incentivar a produção local de arte cênica, tendo como proposta formar novos grupos e fomentar a atividade cultural na cidade. As inscrições serão realizadas por ordem de chegada para que todos tenham igual oportunidade de participar. Em todas as edições do ‘Teatro da Cidade’, o sucesso foi grande e o resultado, apresentado em um grande espetáculo, mostrou o desenvolvimento de cada aluno. É um excelente projeto e por isso convidamos a população para participar”, disse Ivone.

O curso, gratuito, oferece 150 vagas (30 para cada turma), divididas por 5 faixas etárias: infantil (de 06 a 10 anos), pré-juvenil (de 10 a 15 anos), jovem (de 15 a 18 anos), adulto (de 18 a 50 anos) e terceira idade (acima de 50 anos). O curso terá duração de 11 meses e as aulas serão ministradas uma vez por semana. Os horários das turmas serão informados posteriormente. As aulas serão ministradas uma vez por semana, às quartas, quintas e sábados, da seguinte forma:

Quartas:
Turma terceira idade: das 9h às 12h, (Arte-educador: Márcio Martins)
Turma adulta: das 18h30 às 21h30 (Arte-educador: Márcio Martins)

Quintas:
Turma pré-juvenil: das 14h às 17h. (Arte-educadora: Letícia Rodrigues)
Turma Jovem: das 18h30 às 21h30. (Arte-educadora: Letícia Rodrigues)

Sábados:
Turma infantil: das 9h às 12h. (Arte-educadora: Letícia Rodrigues)

*Prefeitura de Marília